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Vai viajar com crianças? Quer uns conselhos de um pediatra?

Uma viagem de férias implica sempre mudança. Mudança nas condições meteorológicas, na dieta, focos de doença locais, hábitos de diversão que podem provocar mossa. Saiba o que deve fazer para se proteger e, acima de tudo, proteger o seu filho.

As férias chegaram e, com elas, uma realidade diferente, com riscos associados. Muitas vezes, um problema de saúde que pode deitar por terra todos os planos. É assim com os adultos e, acima de tudo, com as crianças, cujo organismo apresenta menores defesas.

Centremo-nos nas crianças, porque são mais frágeis e porque, se adotarmos comportamentos que as protegem, estaremos a proteger-nos também a nós próprios.

O pediatra Alberto Villani, especialista em doenças infeciosas do Hospital Pediátrico Bambino Gesù, em Roma, concedeu alguns conselhos aos pais.

“Com o clima quente, o risco de contrair gastroenterite duplica. E este é o inimigo número um do verão para os mais pequenos, que correm um maior risco de desidratação”, assinala o especialista, em declarações à Agenzia Nazionale Stampa Associata (ANSA), a principal agência de notícias italiana.

Mas há outros problemas que devem suscitar cuidados. A febre e as constipações são muito comuns, dadas as alterações do tempo e os hábitos adotados em tempo de férias. São banhos em águas frias, ou viagens para países com temperaturas diferentes das portuguesas.

Embora sendo muito mais raras do que no inverno, as febres, dores de ouvido e da garganta e as tosses podem surgir no verão. Para afastar esse risco, deve ter cuidados com o ar condicionado. E ter na bagagem de mão um casaco que proteja de alterações de temperatura, sobretudo se viaja de avião.

Quando se viaja de carro, há que prevenir o mesmo cenário, porque as variações de temperatura são um risco.

Em dias com temperaturas elevadas (acima dos 38,5 graus durante alguns dias) deve redobrar os cuidados. Um dia fechado num hotel pode não ser um dia perdido, se pensar que uma saída para a praia pode provocar uma doença de recuperação lenta.

Essencial será também informar-se dos locais onde há farmácias e unidades de saúde, perto dos locais onde se aloja. Prevenir a doença é importante, mas a prevenção também tem de passar pela cura (porque nenhum cuidado é garantia de saúde).

“Exceto em casos especiais de alergias, asma, diabetes ou outras doenças crónicas, não é necessário andar com mala de primeiros-socorros”, defende Alberto Villani.

“Se houver necessidade de medicamentos, é preferível comprar no local, em vez de transportar medicamentos. Basta um antipirético, um termómetro e sais de hidratação”, avisa.

O verdadeiro risco para as crianças, no verão, é a gastroenterite, devido a potenciais intoxicações alimentares.

“Neste caso, o problema não são os vómitos ou as diarreias em si, mas a desidratação associada, num ambiente de altas temperaturas, que também provocam desidratação. A regra básica é hidratar com água e soluções específicas que contenham sais minerais”, conclui o especialista.

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