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TVI reage a críticas e defende reportagem de Judite de Sousa

“Porquê a TVI? Porquê só a TVI?”, questiona a estação de Queluz em comunicado da direção de informação, que diz que “não recebe lições de ninguém sobre sensibilidades profissionais”.

Após a abertura de um processo de averiguações por parte do regulador da Comunicação Social a uma reportagem daquela estação, a TVI emitiu um comunicado e salienta: “O que de especial havia nessa reportagem que motiva a ERC justificar-se com uma sintonia ‘com a sociedade portuguesa’ que nunca ninguém viu? Ou de ensaiar julgamentos morais com critérios que não são explicados mas que, no entender dos conselheiros, serão suficientes para calibrar o que os próprios consideram ser ‘uma sensibilidade profissional a toda a prova”, frisa a Direção de Informação da TVI, acrescentando que “não recebe lições de ninguém sobre sensibilidades profissionais”.

A estação de Queluz revela ainda que “a informação da TVI faz jornalismo”. “Apura factos, vai para o terreno, procura proximidade com os portugueses – e tem-no feito com sucesso, porque recolhe há anos consecutivos, mês após mês, a preferência da maioria dos cidadãos”, revelam, apontando o dedo a outros órgãos de comunicação social.

“Há outras televisões abriram os seus principais serviços noticiosos mostrando corpos espalhados no chão (…) Não têm sido essas as nossas opções editoriais. Conscientemente a TVI tem procurado respeitar a dor de quem sofre, sem a esconder. Nas horas e horas de emissão e diretos, é feito pelos seus profissionais um esforço de contenção, sem prejuízo do rigor, da verdade e daquilo que a nossa orientação editorial considera ser notícia relevante.”

A TVI salienta também que o regulador da comunicação social não revela qual reportagem será alvo de inquérito.

“No seu curto mas significativo comunicado, a ERC não diz qual a reportagem que vai investigar e esconde-se nas ‘mais de 100 participações que contestam o plano televisivo em que aparece um dos cadáveres da tragédia’. O que presumivelmente reduz o problema a uma questão de ângulo. E remete, também presumivelmente, para uma reportagem ‘live on tape’ que a jornalista e diretora-adjunta desta estação realizou em aldeias onde bombeiros ou equipas de resgate tinham sequer ainda chegado.”

TVI defende reportagem de Judite Sousa

Embora o regulador não explique qual a reportagem em causa, a TVI antecipa já uma defesa da reportagem de Judite de Sousa, onde a funcionária do canal aparece junto a um corpo carbonizado tapado por um lençol.

“Num desses locais, estava efetivamente um cadáver, estendido há muitas horas e tapado com um lençol branco – a pior das metáforas da incapacidade da assistência civil atender todas as populações que foram implacavelmente atacadas pelas chamas. Esta circunstância confere um evidente relevo informativo, que não compete ao regulador definir.”

Na sua conta de Facebook, Sérgio Figueiredo, diretor de informação, escreveu ainda o seguinte após partilhar o comunicado. “Não é a favor de nada, nem ninguém precisa de favor. Apenas um manifesto contra esta forma de estar da carneirada.”

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