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Tomam controlo de avião por via remota e os pilotos nem reparam

Peritos de cibersegurança dos EUA assumiram remotamente o controlo de um Boeing 747, no aeroporto de Atlantic City (EUA). Os pilotos, que realizavam manobras na pista, não se aperceberam da invasão.

O exercício ocorreu em 2016, mas só agora foi revelado por um dos especialistas.

Numa conferência sobre tecnologia, Robert Hickey garantiu que a equipa de que fez parte se apoderou, remotamente, dos controlos de um Boeing 747, em setembro de 2016.

O teste foi bem sucedido, acrescentou o perito: apesar dos pilotos (os verdadeiros) não se terem apercebido de nada, o perito que tomou controlo de um avião por via remota garantiu que “não existe risco”, até porque “não foi detetada nenhuma vulnerabilidade no aparelho”.

Este aparente paradoxo foi depois desmontado por Robert Hickey. O Boeing 747 está em fim de vida (deixou de ser comercializado em 2014) e possui uma rede informática interna que é antiga: tão antiga que os especialistas precisaram de dois dias para entrarem no sistema.

Tal só foi possível porque o avião esteve sempre em pista, apesar dos pilotos terem realizado várias manobras. Por outro lado, acrescentou, os novos sistemas não têm as vulnerabilidades que permitiram este acesso por via remota.

O teste de segurança, efetuado por peritos do Departamento de Segurança Interna dos EUA, foi realizado na presença de um oficial da Boeing, acrescentou Robert Hickey.

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