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O tigre do Cáspio pode ser ressuscitado

Uma equipa de cientistas asiáticos acredita que é possível, com a manipulação genética, ressuscitar o tigre do Cáspio, uma espécie extinta há 40 anos.

Se o plano tiver sucesso, os tigres do Cáspio (Panthera tigris virgata), que foi um dos maiores felinos do mundo e era comum em regiões como a Turquia, o Irão e o noroeste da China, voltará a habitar a Ásia Central.

Na base do projeto está o tigre de Amur, mais conhecido como tigre siberiano (Panthera tigris altaica), uma subespécie geneticamente muito semelhante ao tigre do Cáspio.

De acordo com um artigo publicado na revista Biological Conservation, um ensaio para a ressuscitação da espécie vai ser realizado numa zona do delta do Ili, no Cazaquistão.

Numa primeira fase, vão ser introduzidas nessa região espécies como javalis e veados, as presas naturais do tigre do Cáspio.

O objetivo é ter até 100 tigres do Cáspio, que vive em pequenos grupos (dois ou três animais) numa área de 100 quilómetros quadrados, nos próximos 50 anos.

“É vital restaurar populações nessas áreas. Só isso já levaria entre cinco a 15 anos”, antecipou James Gibbs, um biólogo que faz parte do grupo de cientistas que assinou o artigo.

“O território do tigre do Cáspio era vasto. Quando eles desapareceram, o número de nações que abrigava populações de tigres foi reduzido a mais da metade”, destacou o biólogo.

O Governo do Cazaquistão já declarou oficialmente o apoio à iniciativa de ressuscitar o tigre do Cáspio.

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