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Texto sobre “catraias de biquíni” junto a motards gera polémica

Um texto sobre motards nas festas de uma localidade no norte do país (Lousada) tem gerado indignação nas redes sociais.

Na crónica assinada por Renato Brito (pseudónimo literário) e partilhada no portal yesnoticias, são dadas referências, entre outras coisas, a “catraias de biquíni” que “dão banho de espuma às motos”, salientando-se também, ao contrário do esperado, o autor do artigo, ficou admirado “com o elevado número de feiosas e gordas com seu par pouco lavado, de barba bem comprida e a cheirar a cavalo”.

No texto também são feitas referências ao show de strip.

“Pela noite dentro, surge finalmente o strip. Deliciei-me com as beldades, mas muito melhor que isto foi ver os rapazolas a babarem-se como crianças, quando estas ficaram como deus as deitou ao mundo”.

Eis o texto completo:

“Também quero ser Motard

Como eu gostava ser motard.
Ser motard hoje em dia não é para qualquer um.
Quando eu era rapaz novo, desconhecia por completo o termo, pois quem andava de moto, em bom português, era motociclista.
Tudo mudou!
Penso que o termo advém do best seller do grande ecrã, nos idos anos 70, “Easy Rider”, que conta a história de dois jovens motard que dão a volta aos Estados Unidos da América nas suas Harley Davidson.
O portuga, como não poderia deixar de ser, importou e refinou a coisa.
Também têm Harleys, mas, em falta destas, resolvem o problema com uma bela imitação chinesa.
Não sabia, mas para ser um verdadeiro motard, há alguns requisitos, dos quais tomei conhecimento quando, na semana que antecedeu as famosas Grandiosas, se realizou a nossa concentração.
Visitei o espaço, gostei, confesso!
Estava expectante por encontrar umas boazudas, se possível desocupadas para um gajo lançar o olho, porque, onde há motos, há gajas boas, “como nos anúncios”, pensava eu!
Mas não, fiquei triste e dececionado com o elevado número de feiosas e gordas com seu par pouco lavado, de barba bem comprida e a cheirar a cavalo.
Motard que se preze tem fastio à água!
Mas nem tudo foi mau. Uma bela sessão de strip, de que vos voltarei a falar, compensou o desalento.
O colete define o verdadeiro adepto da modalidade!
Eles e elas, sem excepção, envergam-no sempre empreganado de emblemas de tudo quanto é motoclube.
Aquela ocasião em que umas catraias de biquíni dão banho de espuma às motos e a seus respetivos donos foi, sem dúvida, o momento nobre da festança!
Ter o colete abençoado por moçoilas de marfufas quase ao léu é ponto de honra para qualquer motard.
Pela noite dentro, surge finalmente o strip. Deliciei-me com as beldades, mas muito melhor que isto foi ver os rapazolas a babarem-se como crianças, quando estas ficaram como deus as deitou ao mundo.
Adoro os motards!
No final, foi rezada a tradicional missa de bênção aos capacetes, não fosse acontecer alguma desgraça àqueles que estavam com umas cervejolas a mais.
O verdadeiro motard bebe muito, produz um belo arroto e grita a velha máxima: “Ó Tono!!! bota mais um caneco!”
Também quero ser motard.”

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