Cultura

Teatro Nacional São João acolhe sete peças de teatro do FITEI

Susana_Neves_900‘Bilingue’, que une alunos de teatro portugueses e galegos e instituições culturais dos dois países, é um dos destaques da programação.

De 4 a 21 de junho, o Teatro Nacional São João, o Teatro Carlos Alberto (TeCA) e o Mosteiro de São Bento da Vitória recebem sete espetáculos que constam da programação do FITEI – Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica.

Integradas na programação do festival estão também a exposição Ex-Votos Teatrais – uma coprodução do TNSJ, que expõe 40 anos de carreira de José Caldas, e que será inaugurada a 4 de junho, no Museu Nacional de Soares dos Reis – e a instalação Artigas, da artista plástica Leonor Antunes, numa organização da Fundação de Serralves com o TNSJ, que estará patente no Salão Nobre do teatro nacional a partir de 13 de junho .

O Mosteiro de São Bento da Vitória acolhe ainda Experiências Dramatúrgicas, promovidas pela Mundo Razoável, e destinadas a criadores, que contemplam residências de escrita (de 28 a 30 de maio, das 14h30 às 17h30), um momento de leitura encenada (14 de junho, às 16h00) e o lançamento de um livro (20 de junho, às 16h00).

De entre as várias peças em cena nos espaços do TNSJ, destaque para o projeto Bilingue, para a estreia absoluta da nova criação da Palmilha Dentada e para as duas produções internacionais.

‘Bilingue’ une Portugal e a Galiza

Espetáculo inaugural do NÓS – território (es)cénico Portugal Galicia, Bilingue pretende aproximar alunos de teatro dos dois lados da fronteira, envolvendo várias escolas e os teatros nacionais portugueses, como o TNSJ e o TNDMII.

A criação de José Maria Vieira Mendes, dramaturgo, e Pedro Zegre Penim, encenador, é uma reflexão contemporânea sobre o lugar que ocupamos no mundo. Pode ser visto de 10 a 14 de junho, às 21h00, exceto no domingo, às 16h00, no TeCA.

Criações de Joana Craveiro e Tiago Rodrigues sobre o Estado Novo

Sete palestras performativas sobre “a ditadura, a revolução e o processo revolucionário. Um Museu Vivo de Memórias Pequenas e Esquecidas, criação de Joana Craveiro para o Teatro do Vestido, sobe ao palco do TNSJ a 11 de junho, às 20h00, tendo uma ceia incluída. Três Dedos Abaixo do Joelho – título que ironiza o comprimento de saia “aceitável” – aborda os relatórios redigidos pelos censores do Estado Novo, onde estes explicam proibições e cortes impostos a textos e espetáculos. A criação de Tiago Rodrigues está em cena no TeCA, no dia 20 de junho, às 18h00.

Produções internacionais no TNSJ

O Teatro Corsário apresenta dia 14 de junho, no TNSJ, às 21h00, Clásicos Cómicos, de Jesus Peña, que conta a história de mulheres rebeldes, mas insatisfeitas nos seus casamentos, que “subvertem alegremente os cânones de uma sociedade machista”. Nos dias 15 e 16 de junho, às 21h00, no MSBV, António Gilberto – atualmente, diretor do Centro de Artes Cénicas da Funarte/Ministério da Cultura do Brasil – celebra 30 anos de carreira com Carta ao Pai, a partir do texto de Franz Kafka.

Palmilha Dentada com estreia absoluta no TNSJ

A próxima criação do Teatro da Palminha Dentada explora, de forma “insolente”, o significado de um muro entre Montecchios e Capuletos. Numa peça que nada tem a ver com o clássico Romeu e Julieta, Ricardo Alves coloca dois homens a discutir a fronteira que separa as duas famílias. Muro pode ser visto nos dias 17 e 18 de junho, às 21h00, no TNSJ.

Horas, da companhia Circolando

Nos dias 19 e 21 de junho, o Mosteiro de São Bento da Vitória faz “uma viagem entre o passado e o presente, o real e o imaginado, a escuridão e a luz”. Horas, uma das mais recentes criações da Circolando, com direção de André Braga, convida o espectador a envolver-se no imaginário medieval, onde o silêncio dos mosteiros medievais contrasta com o ruído do contemporâneo. A peça pode ser vista na sexta-feira, às 22h00, e no domingo, às 16h00.

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