Desporto

“Talvez quando morrer à fome me deixem rescindir”, alerta jogador em Espanha

Moussa Sidibé, jogador do Deportivo Guadalajara, da terceira divisão espanhola fez uma espécie de grito de revolta por causa dos salários em atraso que tem na equipa. “Talvez quando morrer à fome me deixem rescindir”, alerta o futebolista, que confirma tudo em vídeo.

Sem receber desde outubro de 2017, os jogadores do Deportivo Guadalajara começaram a rescindir contrato com o emblema.

“Tenho de continuar a treinar e a jogar porque tenho contrato”

Porém, nem todos têm tido essa possibilidade, como é o caso de Moussa Sidibé, maliano há vários anos em Espanha, que agora explicou a realidade que tem enfrentado nos últimos tempos.

“Face à irregularidade dos salários no Guadalajara – o último mês pago foi outubro e nunca me pagaram os prémios pelos jogos disputados -, pedi a rescisão do clube tanto ao presidente como ao treinador. Disseram-me que não me iam deixar sair e que tenho de continuar a treinar e a jogar porque tenho contrato”, diz o extremo esquerdo.

No comunicado que partilhou e que está a ter eco em muitos órgãos de comunicação social espanhóis mas não só, Sidibé diz sentir-se um “escravo”.

“Expliquei-lhes que não tenho dinheiro para comer e disseram-me para pedir ajudar aos meus amigos. Nem sequer se preocupam em dar-me o mínimo dos mínimos, as minhas necessidades básicas.”

O atleta, de 22 anos, confessa que nem quer saber do dinheiro que tem em atraso mas só espera que lhe seja dada a possibilidade de rescindir contrato.

“Estou disposto a perdoar a dívida e esquecer de uma vez este pesadelo. Peço ajuda face a uma situação que me pode custar a vida, porque me sinto um escravo. Não me deixam abandonar um clube que não cumpre a sua parte do contrato. Talvez se morrer à fome possa rescindir… Onde está a liberdade?”

O jogador já confirmou em vídeo esta situação:

https://playbuffer.com/watch_video.php?v=W8KYSYW1RNKX

Eis a carta escrita e partilhada por Sidibé

 

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