Nas Notícias

“Supernanny expõe incapacidade dos pais em educar”, defende professor

Num artigo de opinião no jornal Público, o professor Alexandre Henriques teceu uma consideração controversa, sobre o programa Supernanny: elogia o “mérito” da SIC em expor um problema “há muito conhecido pelos professores”: a “incapacidade de alguns pais em educar os filhos”. O docente, no entanto, entende que a estação televisiva cometeu falhas na forma como agiu.

O programa Supernanny foi elogiado por um professor, que considera que a aposta da SIC num reality-show – onde é retratada a educação de alguns filhos – permite expor um problema que “há muito é conhecido pelos professores” e que está relacionado com a “incapacidade de alguns pais em educar os seus filhos”.

Este pais (não todos, e por isso a expressão “alguns” deve ser sublinhada) são, segundo o docente, negligentes, pela sua “cegueira em constatar o óbvio”: “São pais incompetentes, mal preparados para a paternidade e que precisam de ajuda”.

O artigo de opinião, controverso, foi publicado no jornal Público e no blogue ComRegras, projeto online de Alexandre Henriques.

Nesse texto, o colunista usa Supernanny para responder aos pais que “acusam os professores de incompetência”.

“A SIC tem o mérito de ter exposto o que há muito é conhecido pelos professores, mas infelizmente as suas queixas nunca foram ouvidas, verdadeiramente ouvidas. É preciso trabalhar as famílias, a indisciplina que reina nas escolas é uma manifestação evidente da dificuldade dos pais em educar os seus filhos”, escreve.

Alexandre Henriques entende, porém, que a estação de Carnaxide cometeu erros, relacionados com a privacidade das crianças e o fenómeno de bullying a que essas crianças poderão ser sujeitas.

“O que a SIC fez (…) foi vender um produto, foi ganhar dinheiro com um produto, um produto que é uma criança que não tem voto na matéria e que também ela foi comprada pelos seus 15 minutos de fama”.

O professor traça um paralelo entre esta exposição mediática e as restrições que os professores enfrentam, em nome da privacidade dos alunos.

Porém, a sua visão ameaça tornar-se polémica, não pela forma, mas pelo conteúdo.

Em destaque

Subir