Economia

Supermercado retira produtos estrangeiros para mostrar o efeito do racismo

Uma loja da Edeka, a maior cadeia de supermercados da Alemanha, fez uma experiência social e colocou à venda só produtos nacionais. As prateleiras vazias dessa loja, em Hamburgo, mostraram o que aconteceria com a adoção de leis racistas e xenófobas.

As imagens não tardaram a viralizar nas redes sociais. Prateleiras vazias, à exceção de alguns produtos que se contavam pelos dedos das mãos, mostram o alcance da globalização e tornam evidente que nenhum país, nem sequer o poderoso motor económico da Europa, pode viver sem recorrer à produção de outros.

“A Edeka defende a diversidade e temos uma vasta gama de produtos alimentares na nossa oferta, que são produzidos nas mais variadas regiões da Alemanha. Mas é com os produtos de outros países que criamos a diversidade única que os nossos clientes tanto valorizam”, explicou um porta-voz da cadeia de supermercados, ao justificar a iniciativa.

Em vez dos produtos estrangeiros, as prateleiras exibiam dísticos com frases como “Sem diversidade, estas prateleiras são monótonas” e “A nossa seleção hoje tem fronteiras”.

A iniciativa levou a loja a perder largos milhares de euros em vendas, mas ‘comprou’ uma publicidade inquantificável nas redes sociais, onde a Edeka tem sido elogiada por mostrar o que aconteceria se os ideais racistas e xenófobos prevalecessem.

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