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Suíça e o controlo da imigração

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Estamos perante um problema grave, problema esse com várias variáveis perigosas. Primeiro o futuro incumprimento por parte da Suíça da questão da livre circulação dentro da União Europeia, segundo existe uma questão completamente fraturante e silenciosa em toda está questão, o partido que deu o mote a esta votação por parte do povo Suíço, este partido enquadra se na apelidada “extrema direita”, algo que não deveria sequer existir.

A Suíça é conhecida por ser um país onde qualquer nacionalidade será bem recebida, e se trabalhar bem e cumprir os seus deveres, tem as suas devidas recompensas e regalias, nunca nos passaria pela cabeça tal ‘referendo’, é algo que não deve nunca ser deixado nas mãos/decisão da população, por um motivo muito simples, na minha opinião, primeiro as massas são facilmente manipuladas de encontro a uma decisão pretendida, e em segundo deixam que as suas experiências recentes os influenciem, ou seja, nunca será um voto totalmente imparcial.

Caso se confirme a aplicação de leis para controlar os níveis de imigração a Suíça vai contra os tratados assinados com a União Europeia, agir em conformidade com esta situação seria perigoso a nível de estabilidade económica, política e social para a UE, o que coloca esta situação num patamar de dificuldade de execução, de ambas as partes, bastante elevado.

Neste momento qualquer previsão ou prognóstico seria arriscado, é literalmente esperar para ver, na minha opinião a UE vai acabar por vergar em relação à posição Suíça, esperemos que me engane.

Em relação à “extrema direita”, e ao que bastante tenho ouvido referências, da extrema direita europeia, é deveras preocupante, é algo que deveria ser completamente erradicado ou controlado de forma sufocante, qualquer movimento deste tipo de grupos de pressão organizados conseguem destabilizar uma sociedade com uma facilidade atroz. Basta olhar para este exemplo em concreto.

Este tipo de partidos nem deveria ser permitido, mas o problema principal é que isto não esta a acontecer num país, Suíça neste caso, mas sim por toda a Europa, por exemplo causo Húngaro, Grécia e penso que a Holanda e Finlândia são outros dois bons exemplos da situação actual deste tipo de partidos.

Não nos devemos esquecer do que aconteceu a última vez que este tipo de partidos tiveram margem de manobra, Itália com Mussolini e Alemanha com Hitler, temos ainda mais exemplos no espectro oposto da dicotomia esquerda direita, com Estaline ou Ceausescu. Todos eles na Europa.

Não quero cair no exagero de afirmar que neste momento é isso que se está a passar, mas foi assim que se passou. É aqui que a História entra com o seu dever moral de ensinar tudo o que foi mal feito para não se repetir, em suma, aprender com os erros.

Concluindo, duas questões centrais, incumprimento da Suíça, e partidos de extrema direita com possibilidade de depois de influenciar a população a obrigar a votar decisões perigosas como aconteceu neste caso. Impensável, irresponsável e perigoso.

Onde está a comissão europeia, onde está nesta situação a pressão das potências europeias?

Em meados do século passado as grandes potências também só estavam preocupados com a questão económica/financeira, e ninguém se preocupava com a questão política, entretanto nasciam monstros em cada ‘esquina’, será que estamos dispostos a correr o risco?

Será que isto é tudo um grande exagero da minha parte? Espero vivamente que sim!

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