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Sida: Anticorpos impediram o HIV de infetar macacos

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A vacina contra a sida pode estar mais perto depois de um estudo ter comprovado que uma injeção de anticorpos protegeu, durante quase seis meses, macacos de um equivalente ao vírus da imunodeficiência humana (HIV). Esses anticorpos foram desenvolvidos em laboratório.

O trabalho, realizado nos EUA por uma equipa de cientistas alemães, permitiu inocular os macacos do SHIV, uma variante do HIV que afeta os símios.

Os resultados mostraram que a injeção com os anticorpos criados em laboratório protegeu, 23 semanas, um grupo de macacos, enquanto o grupo não ‘vacinado’ acabou por ficar infetado, em média, ao fim de três semanas.

“Em populações humanas com alto risco de contrair o vírus causador de sida, esta proteção, ainda que temporária, poderá ter um impacto profundo sobre a transmissão do HIV”, refere o resumo do estudo, publicado na revista Nature.

A injeção em estudo, “suficiente para proteger os macacos contra a infeção SHIV durante vários meses”, foi desenvolvida a partir dos anticorpos criados para proteger o organismo da hepatite A, ainda antes da disponibilização da vacina, na década de 1990.

Os cientistas acreditam que este ensaio é o ponto de partida para o desenvolvimento de uma vacina contra a sida, a qual permitirá evitar as infeções pelo HIV.

A investigação é ainda uma “prova de conceito” de que as injeções periódicas de anticorpos podem servir como alternativa à vacinação, realçaram os investigadores alemães, embora admitindo que falta analisar a efetividade da replicação deste ensaio em humanos.

As estimativas da ONU apontam para que a sida, descoberta no início de 1980, tenha morto mais de 34 milhões de pessoas.

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