Mundo

Santos Silva diz que cimeira EUA/Coreia do Norte foi vitória da diplomacia sobre a confrontação

O ministro dos Negócios Estrangeiros português saudou hoje a realização da cimeira entre o Presidente norte-americano, Donald Trump, e o seu homólogo da Coreia do Norte, Kim Jong-un, definida como uma vitória da diplomacia sobre a confrontação.

“Portugal pensa que é um facto positivo que a cimeira se tenha realizado, isso significa que a lógica da diplomacia prevaleceu sobre a lógica da confrontação, e em segundo lugar é positivo que os dois líderes se tenham comprometido com dois elementos muito importantes”, referiu Augusto Santos Silva, no final de uma audição regimental que decorreu no parlamento.

O chefe da diplomacia destacou como os dois pontos essenciais da cimeira a desnuclearização da península da Coreia, “condição essencial para a paz e a segurança duradoura dessa península”, e as “garantias de segurança e de apoio ao desenvolvimento económico da Coreia do Norte”.

E precisou, numa referência a António Guterres: “Como muito bem o secretário-geral da Nações Unidas disse, o desenvolvimento é outra dimensão da paz e da segurança”.

O chefe da diplomacia destacou ainda o importante contributo dado por atores políticos da região, ao sublinhar “o papel extraordinário do Presidente da Coreia do Sul e da diplomacia da Coreia do Sul, mas também a atitude que contribuiu para este desenlace da China, do Japão e da Rússia”.

“Esperemos que este ponto de partida tenha agora desenvolvimentos que estejam à altura da novidade positiva que ele representou”, assinalou.

Augusto Santos Silva frisou ainda que Portugal “tem sido sempre um espetador atento e interessado, porque as questões que se colocavam e ainda colocam na península da Coreia encontram-se entre os maiores desafios que o mundo tem enfrentado do ponto de vista da segurança”.

Os líderes dos EUA e da Coreia do Norte acordaram hoje a “total desnuclearização” da península coreana, com Donald Trump a passar a imagem de uma reunião de sucesso.

Na declaração inicial, Trump disse que deu “garantias de segurança” à Península coreana e que em troca recebeu a promessa de total desnuclearização do programa de armamento norte-coreano, considerando que as negociações correram “muito bem”, mas avisando que o processo é longo e que deverá ser necessário um segundo encontro com o seu homólogo norte-coreano.

Em destaque

Subir