Santana Lopes admite que Governo pode não terminar legislatura
Pedro Santana Lopes, candidato à liderança do PSD, admitiu, esta quarta-feira, que o Governo de António Costa pode não chegar ao fim da legislatura.
“Admito que [o Governo] possa não chegar ao fim da legislatura. Esta frente de esquerda de socialistas, comunistas e extrema-esquerda é inédita na Europa e é má para Portugal”, disse Santana Lopes.
Na TVI, o candidato laranja disse que pretende formar uma “alternativa coerente” ao Executivo que governa Portugal, no caso de merecer a confiança dos militantes do PSD.
“Este Governo tem um secretário de Estado que tem de andar todos os dias em negociações, têm de andar a construir a maioria todos os dias. Eu quero formar uma alternativa contemporânea, sólida, mas principalmente coerente, que leve o PPD/PSD a liderar o espaço de centro-direita”, disse Santana Lopes, revelando que irá elogiar o Governo de António Costa, se assim achar.
“Serei um líder da oposição capaz de elogiar decisões do Governo”, disse, adiantando: “Cada vez que houver uma boa notícia sobre a inflação, por exemplo, eu direi bem”.
O candidato à liderança do PSD revelou ainda que só decidiu avançar quando soube que Passos Coelho estava de saída.
“Se ele continuasse líder, eu não seria candidato à liderança”, sublinhou.
Elogios para Marcelo Rebelo de Sousa
Na entrevista, Pedro Santana Lopes elogiou a “capacidade de ir ter com as pessoas” que Marcelo Rebelo de Sousa tem, apelidando-o de “campeão dos afetos”.
Por isso, Santana Lopes quer seguir o exemplo do Presidente da República, se for eleito líder do PSD.
“Não podemos ter um líder crispado, que tenha dificuldade em ir ter com as pessoas”, avisou Santana Lopes.
O PSD vai ter eleições diretas para escolher o presidente do partido a 13 de janeiro e o Congresso terá lugar entre 16 e 18 de fevereiro de 2018.