Ciência

Sally Ride alvo de tributo da Google (com vídeo)

A norte-americana Sally Ride é hoje lembrada com um google doodle, no dia em que completaria o 64.º aniversário. A primeira mulher a participar num voo espacial da Nasa, mais do que uma astronauta, tornou-se num exemplo para a humanidade. A história de vida de Sally Ride é inspiradora e, também por isso, merece este tributo.

A Google presta uma homenagem a Sally Ride, neste dia 26 de maio de 2015, data em que a primeira mulher norte-americana a participar de um voo da Nasa completaria 64 anos.

Além de astronauta e de um símbolo da relevância do papel das mulheres nas grandes missões da humanidade, Sally Ride foi autora de diversos projetos académicos que tinham como base a ciência e como alvo os jovens.

Ao longo da sua vida, foi autora de diversos livros, de diversas áreas da ciência, que tinha como finalidade transportar conhecimento para os mais novos.

A Google preparou cinco doodles, que são visíveis nesta terça-feira, no dia em que Sally Ride completaria 64.º aniversário.

Sally nasceu a 26 de maio de 1951, em Los Angeles, nos Estados Unidos. Formou-se em Física e em Inglês, na Universidade de Stanford.

A ligação entre Sally e a Nasa nasceu em 1978, quando a agência espacial norte-americana lançou um concurso para integrar uma mulher – numa altura em que as portas do espaço apenas se abriam para os homens, naquele país.

Seis mulheres apresentaram-se a concurso. E é justo que se homenageie todas elas: Judith Resnik, Anna Fisher, Kathryn Sullivan, Rhea Seddon, Shannon Lucid e… Sally Ride.

A jovem hoje homenageada foi a escolhida pela Nasa. O seu papel seria fazer as comunicações com as tripulações a bordo de missões espaciais.

O voo de estreia de Sally ocorreu no dia 18 de junho de 1983, o que a transformava na primeira mulher a integrar a tripulação nos Estados Unidos, numa viagem da Nasa.

A bordo da Challenger, participou na missão STS-7, cuja finalidade era colocar em órbita de dois satélites de comunicação e a realização de testes farmacêuticos.

No ano seguinte, integrou novamente uma missão da agência, a bordo da mesma nave, mas na missão STS-41-G. Sally acumulava já 340 horas de voo espacial.

A terceira missão, que contaria com a astronauta, foi abortada, em virtude do acidente da Challenger, que tirou a vida a outra mulher: Judith Resnik, colega de Sally.

Este histórico episódio levou a Nasa a suspender os seus projetos espaciais durante cerca de dois anos. Entretanto, a homenageada de hoje participou nas investigações àquele acidente.

A popularidade dos astronautas era, nesta altura, muito elevada, pela sua coragem, na busca do conhecimento, num mundo desconhecido.

Mas Sally Ride era ainda mais popular junto das mulheres norte-americanas, que a observavam como uma… estrela.

O seu exemplo foi inspirador, mas a vida de Sally não se resume às missões espaciais que abraçou. Depois de sair da Nasa, abraçou outros projetos, dos quais se destaca a obra, como docente, na vida académica.

Foi professora nas universidades da Califórnia e de Stanford, sendo ainda diretora no Instituto Espacial da Califórnia

Em 2003, fez parte da equipa que investigou o acidente com a Columbia, o que lhe confere outro feito: é a única mulher a integrar duas investigações de acidentes espaciais.

Uma vida profissional bem sucedida, um exemplo de perseverança e um exemplo inspirador para as mulheres. Eis Sally Ride.

A norte-americana viu o seu percurso ser travado de forma precoce, em 2012, quando perde a luta contra um cancro do pâncreas. Sally Ride morre, mas o seu legado permanece eterno.

E exemplo desse facto é o doodle que a Google lhe dedica, no dia em que completaria 64 anos. Veja o doodle.

Em destaque

Subir