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Rui Rio diz que aniversário do Governo foi “muito mal comemorado” e fala em política “encenada”

O candidato à liderança do PSD, Rui Rio, afirmou hoje, em Viana do Castelo, que o aniversário de dois anos do Governo está a ser “muito mal comemorado”, fazendo referência a uma sessão pública “encomendada”, que se traduz numa política “encenada”.

O Governo assinala este domingo dois anos em funções com um Conselho de Ministros Extraordinário, em Aveiro, seguido de uma sessão em que os membros do executivo responderam a questões colocadas por cidadãos.

A iniciativa está a gerar polémica devido a algumas notícias sobre o alegado pagamento dos participantes, situação que mereceu críticas por parte de Rui Rio, candidato à liderança do PSD.

“O segundo aniversário é muito mal comemorado e demonstra a falta de confiança. Se tivesse confiança não fazia assim. Isso parece-me evidente”, afirmou Rio num encontro com militantes, realizado no Alto Minho.

O antigo autarca do Porto adiantou também que “o Governo tem consciência que o balanço não é muito positivo: se o balanço fosse positivo o Governo fazia uma sessão aberta onde as pessoas livremente perguntavam aquilo que quisessem aos membros do Governo”.

O facto de o Governo alegadamente conhecer as perguntas que serão colocadas mereceu comentários por parte de Rui Rio, que falou numa política “encenada”.

“Se eu faço uma sessão pública onde as pessoas me fazem perguntas livremente e afinal não é livremente, tudo está preparado, então isto é um palco, é um ensaio. A política não deve ser um palco, uma peça devidamente encenada. Ou é uma coisa natural ou então não se faz”, acrescentou.

O jornal Sol noticiou, este sábado, que o Governo pagaria 36 750 euros a um grupo de 50 cidadãos que participa num estudo da Universidade de Aveiro e fez hoje perguntas ao executivo na sessão pública, uma situação que a que o Governo disse ser alheio, segundo o mesmo jornal.

O candidato à liderança do PSD disse ainda acreditar que a legislatura será concluída, mas sublinhou que “o estado de graça do Governo acabou a partir de Pedrógão Grande”.

O PSD escolherá o seu novo presidente em eleições diretas a 13 de janeiro, onde Rui Rio concorre, até agora, com o antigo primeiro-ministro Pedro Santana Lopes.

 

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