Rui Moreira e Paulo Rangel ironizam apoio do “cata-vento” Azeredo Lopes a Manuel Pizarro
Paulo Rangel, do PSD, classificou Azeredo Lopes como “cata-vento”. Em causa o apoio do ministro da Defesa a Manuel Pizarro quando, antes de ir para o Governo, era chefe de gabinete de Rui Moreira.
A declaração de apoio de Azeredo Lopes ao candidato socialista à Câmara do Porto, Manuel Pizarro, causou surpresa porque o agora ministro foi chefe de gabinete de Rui Moreira, num período que o autarca tinha como braço-direito… Manuel Pizarro.
Paulo Rangel, que veio do Parlamento Europeu apoiar o candidato do PSD, não demorou a aproveitar a deixa: “Para quem diz não ser cata-vento, a declaração é contraditória”.
“Ou Rui Moreira fez algo muito mau para o senhor mudar de ideias ou são os dois exatamente iguais”, acrescentou Álvaro Alemida, o candidato do PSD à Câmara do Porto, associando as candidaturas do independente Moreira e do socialista Pizarro.
“Não somos estalinistas”
Também o movimento de Rui Moreira reagiu às declarações de apoio do ministro da Defesa ao candidato socialista.
“Pelos vistos há muitos cata-ventos. Deixemo-los voar”, respondeu Rui Moreira, quando ontem foi questionado pelos jornalistas: “Não faz falta nenhuma, a nós só faz falta quem está connosco e quem for votar no dia 1 de outubro”.
Na véspera, durante a apresentação do programa eleitoral, Azeredo Lopes surgiu entre a ‘entourage’ de Moreira. “Não somos um movimento estalinista”, reagiu, ontem, um elemento da comitiva: “Não apagámos ninguém da fotografia”.
“Não sou um cata-vento”
Na origem da polémica está a forma como o ministro da Defesa falhou em explicar o encontro com Manuel Pizarro quando no currículo tem a chefia do gabinete de Rui Moreira.
“Não sou um cata-vento”, afirmou Azeredo Lopes, talvez com o intuito de desmentir ter recebido ‘ordens’ do PS para apoiar o candidato à Câmara do Porto.