Economia

Resultados do Deutsche Bank caem 79 por cento no primeiro trimestre

Os resultados líquidos do Deutsche Bank caíram para 120 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, menos 79 por cento do que no mesmo período de 2017, informou hoje a instituição.

O volume de negócios desceu para 7.000 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, menos 5 por cento do que no mesmo período do ano passado.

O banco atribuiu a queda dos resultados e do volume de negócios sobretudo às diferenças das taxas de câmbio, especialmente a revalorização do euro face ao dólar, e às baixas receitas da banca de empresas e de investimento, adiantou o Deutsche Bank,

Depois de anunciar os resultados, o novo presidente do Deutsche Bank, Christian Sewing – que em 8 de abril substituiu John Cryan à frente do banco – anunciou “duras decisões”, incluindo a redução do setor da banca de investimento e uma “nova definição do núcleo” do banco.

“Alteraremos agora o curso do nosso banco. Não há tempo a perder”, disse Sewing numa teleconferência e sublinhou que os resultados da entidade pedem “ações imediatas”.

O banco vai concentrar-se no negócio de financiamento e assessoria na Europa.

A partir de 2021, o setor da banca privada e empresarial assim como a filial de fundos de investimento DWS – que saiu de Bolsa há cerca de um mês – deverão representar cerca de metade dos resultados do banco, indicou o presidente.

O negócio nos Estados Unidos e na Ásia será reduzido, onde não haja atividades transfronteiriças, e as operações de juros nos Estados Unidos sofrerão um corte considerável.

A direção vai analisar detalhadamente o negócio em bolsa em todo o mundo e este será reduzido em alguns setores.

“As nossas raízes estão na Europa – é aqui onde queremos oferecer soluções financeiras globais às empresas e às instituições, e é nisso que nos vamos concentrar ainda mais no futuro”, afirmou Sewing.

Sewing já tinha pedido no dia a seguir ao da tomada de posse uma “mentalidade de caçadores” aos cerca de 97.000 trabalhadores do banco em todo o mundo e anunciado “decisões duras”.

A reestruturação da banca de empresas e de investimento vai supor uma redução de postos de trabalho nas regiões atingidas, apesar da entidade não ter adiantando mais pormenores.

“Estes cortes são dolorosos, mas lamentavelmente inevitáveis se queremos que o nosso banco seja capaz de competir de forma sustentável”, afirmou o presidente.

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