“A quem responde e quem representa o PS?”, pergunta deputado do Bloco
“A quem responde e quem representa o PS?”, pergunta José Soeiro, deputado do Bloco de Esquerda, num curto texto onde aborda as refeições escolares. “Por que razão se há-de sobrepor os interesses de duas ou três empresas privadas (que têm o monopólio deste negócio) aos interesses e opiniões das famílias, das escolas, dos estudantes, à garantia da saúde pública e da qualidade alimentar?”, questiona ainda.
O Bloco de Esquerda e o Governo do PS entraram em rota de colisão, pelo facto de o executivo de António Costa ter recuado na nova taxa sobre as empresas de energias renováveis.
Este sinal de atrito marcou, de resto, a discussão da proposta do Orçamento do Estado para 2018. Os bloquistas acusaram António Costa de servir interesses privados.
Acusação que se repete nesta quarta-feira, num texto publicado pelo deputado José Soeiro, no Facebook.
“A quem responde e quem representa o PS?”, pergunta o parlamentar do Bloco, num curto texto onde aborda as refeições escolares.
“Devem ou não as escolas que assim entendam ser autorizadas a voltar a gerir a sua cantina? Devem sim, respondem os pais, que sabem que a quantidade e a qualidade seriam mais controladas e melhores. Devem sim, respondem os representantes dos diretores de escolas e dos dirigentes educativos, que defendem a autonomia e reconhecem que as escolas que têm a gestão do refeitório fornecem melhor comida aos alunos. E os e as estudantes, que têm denunciado a má qualidade e a sovinice das empresas privadas que fornecem as refeições, são certamente os primeiros a achar que é preciso fazer qualquer coisa”, enquadra José Soeiro.
Esta é, de resto, a proposta do Bloco e do PCP: permitir às escolas fazer a gestão das respetivas cantinas.
“Mas o PS não aceita sequer que se abra essa possibilidade”, acusa o bloquista.
“Ora, por que razão se há-de sobrepor os interesses de duas ou três empresas privadas (que têm o monopólio deste negócio) aos interesses e opiniões das famílias, das escolas, dos estudantes, à garantia da saúde pública e da qualidade alimentar?”, pergunta José Soeiro.