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Resistência aos antibióticos: Bruxelas aprova plano contra “ameaça global”

O aumento da resistência aos antibióticos é uma “ameaça global”. A União Europeia (UE) acaba de definir um plano para dar uma resposta conjunta a um problema que “nenhum país pode resolver sozinho”. Por ano, morrem 25 mil pessoas na UE por doenças associadas à resistência aos antibióticos.

Apelando aos Estados-membros para desenvolverem “novas ações e iniciativas centradas em áreas chave” da inovação farmacêutica, a Comissão Europeia anunciou, há pouco, a adoção de um plano comunitário de combate à resistência aos antibióticos.

Em Portugal, foram prescritos por dia (ao longo de 2014) cerca de 20 doses de antibióticos por cada mil habitantes, valor abaixo da média europeia (25 doses), mas cerca do dobro da Holanda(10,6 doses), o país com menos prescrições.

Com base no “uso prudente de antibióticos”, o ‘One Health Action Plan’, que é coordenado pelo comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação, aposta na promoção de uma resposta coordenada à escala dos 27, envolvendo também o setor privado.

“Precisamos de um esforço verdadeiramente europeu para salvar vidas humanas, animais e o ambiente”, frisa Carlos Moedas.

O anúncio do programa europeu de combate à resistência aos antibióticos surge dias após um relatório do Observatório Português dos Sistemas de Saúde apelar a medidas concretas para reduzir o consumo de antibióticos, dando a sugestão de condicionar a prescrição à identificação da causa da infeção.

Embora o consumo de antibióticos tenha caído em Portugal no período de uma década (entre 2004 e 2014), registou-se um aumento do consumo de antibióticos de largo espectro.

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