A Renault finalizou o negócio para adquirir a equipa Lotus de Fórmula 1. O acordo põe um ponto final em meses de negociações e fazem regressar a marca do losango à disciplina máxima do automobilismo como construtor. O que não acontecia desde 2010.
Fala-se que Gerard Lopez vendeu a equipa por cerca de 80 milhões de euros, mas irá manter-se como acionista, ficando com cerca de 25 por cento da escuderia, enquanto o antigo campeão do mundo Alain Prost irá deter outros 10 por cento.
Na segunda-feira a Renault deverá fazer uma apresentação onde dará mais detalhes do negócio, sendo que a marca francesa também estará em campo para conseguir os patrocínios necessários para a próxima temporada.
Carlos Gosh irá anunciar um orçamento que será semelhante ao da Mercedes e da Red Bull, enquanto Romain Grosjean e Pastor Maldonado deverão continuar a dupla de pilotos, já que para além de terem contrato para a próxima temporada, a Renault quer manter o francês e o venezuelano conta com o forte apoio da petrolífera PDVSA.
A atualização das instalações de Enstone, bem conhecidas da Renault, teve um papel crucial neste acordo, nomeadamente o programa de CFD da Lotus e o simulador, que tem apenas dois anos, enquanto o túnel de vento tem três.
A Renault não tinha qualquer interesse em adquirir a equipa sem as infraestruturas por detrás, apesar de se saber que a Force India poderia ser uma alternativa da marca do losango caso as negociações com a Lotus falhassem.
Sabe-se também que a Renault agiu depois de saber que a Red Bull iniciou negociações com a Mercedes para receber motores da marca alemã na próxima temporada, deixando assim a marca francesa sem opções de uma equipa competitiva.
A Renault deverá confirmar que o seu regresso à Fórmula 1 será a longo prazo. Isto é, manter-se-á na disciplina máxima do automobilismo por um período mínimo de dez anos.