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Remédios: Maioria dos portugueses não sabe que pode (deve) deixar na farmácia o que não usa

Os restos dos medicamentos e até as embalagens vazias são um grave perigo ambiental, avisa a associação ambientalista Zero. Para evitar a contaminação, a melhor prática é entregar os fármacos não usados ou fora do prazo e as embalagens vazias nas farmácias, que depois entregam todo o material para processamento na Valormed.

Esta organização é, adianta a Zero, um caso raro na Europa: poucos são ainda os países que têm uma entidade gestora para este tipo de resíduos.

“A generalidade dos portugueses continua a não encaminhar corretamente os resíduos das embalagens e restos de medicamentos adquiridos”, adianta a associação.

Por causa disso, “grande parte dos resíduos que não são entregues nas farmácias acaba em aterros ou, mais grave, nas redes de drenagem das águas residuais”, o que tem “implicações para o ambiente e para a saúde pública”.

Com base em dados fornecidos pela Valormed, a Zero salienta que os 315 milhões de unidades de embalagens que a indústria farmacêutica colocou no mercado, em 2016, terão gerado 7462 toneladas de resíduos.

“Os portugueses apenas entregaram cerca de 902 toneladas nas farmácias, ou seja, 12 por cento dos resíduos potencialmente gerados”, incluindo embalagens, restos de medicamentos e outros materiais fora do âmbito do Sistema de Gestão de Resíduos de Embalagens e Medicamentos (SIGREM), destacam os ambientalistas.

A taxa de recolha de embalagens foi apenas de oito por cento, “muito aquém da meta de 10 por cento prevista para 2016”, acrescenta a Zero.

“Num sistema que está fortemente dependente da colaboração dos cidadãos, estes números mostram-nos que há muito trabalho a fazer pela Valormed”, em articulação com as farmácias, insiste a organização, lembrando que a meta de recolha de embalagens para 2020 é de 20 por cento.

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