Economia

Relação “triangular” Macau, China e lusofonia promove exportações e investimento

O presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) afirmou hoje que a relação “triangular” entre Macau, China e os Países de Língua Portuguesa é “positiva e virtuosa”, contribuindo para aumentar exportações e atrair investimento.

Luís Castro Henriques, que falava à Lusa a propósito do encontro de empresários para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (PLP) que tem início na quinta-feira, destacou a importância desta relação “triangular” com vários anos, “positiva e virtuosa” para os países envolvidos.

Sobre o encontro, declarou que é “relevante” não só para promover mais exportações de Portugal, seja para a China seja para os PLP, mas também para captar investimento.

“Temos visto casos de empresas chinesas que escolhem Portugal e empresas portuguesas para depois poderem operar em conjunto nos países de língua portuguesa”, realçou.

Na quinta-feira vão ser assinados cerca de 20 protocolos, dois dos quais com o AICEP que visam “promover e estreitar relações com instituições chinesas para (…) ter um canal expedito para trabalhar em conjunto neste âmbito” dos PLP e da China, acrescentou.

O responsável do AICEP adiantou que a China “tem apresentado um crescimento relevante em termos de exportações”, mas deixou claro que ainda há produtos “que não têm o acesso” que Portugal deseja, nomeadamente carnes e outros produtos agroalimentares

Questionado sobre o impacto da “guerra” comercial entre China e Estados Unidos, disse que “ainda é cedo” para antecipar as consequências mas reconheceu que esta tendência de “proteção comercial” não interessa a Portugal.

“Quanto mais continuar a globalização, mais favorável é a uma pequena economia como a nossa”, afirmou, vincando que Portugal tem “todo o interesse em que se possa aceder a um número variado de mercados”.

O encontro, que decorre entre quinta e sexta feira em Lisboa, vai juntar empresários e representantes de instituições financeiras e governamentais da China, Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Macau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

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