Desporto

Recado de Marcelo para Bruno de Carvalho: “Mais diálogo, tolerância e compreensão”

O Presidente da República não quis comentar as mais recentes polémicas no futebol, mas deixou um recado esclarecedor direcionado a Bruno de Carvalho e aos adeptos minhotos que ontem se envolveram em confrontos.

O chefe de Estado foi questionado sobre a escalada da violência verbal do desporto, após um fim de semana marcado pelo discurso do presidente do Sporting, que apelou aos sócios leoninos para boicotarem jornais e canais televisivos, e pelos confrontos em Guimarães, entre adeptos do Vitória local e do Sporting de Braga.

Recusando tecer “comentários específicos sobre a matéria”, a principal figura da Nação apelou a uma diminuição do tom de agressividade no desporto, num recado tão bem direcionado a Bruno de Carvalho que nem foi preciso citar o nome.

“Tudo o que for trabalhado por um ambiente de descrispação, de entendimento, de diálogo, de tolerância, de compreensão recíproca é bom”, afirmou Marcelo.

Intolerância e incapacidade de dialogar são duas características que os opositores de Bruno de Carvalho imputam ao líder leonino, que após vencer o ‘referendo’ de sábado, fazendo aprovar um novo regulamento disciplinar, apelou a um boicote a jornais e canais televisivos.

Foram declarações com “um teor claramente antidemocrático”, no entender do Sindicato dos Jornalistas, e que configuram uma “tentativa de limitar a liberdade de imprensa”.

No seguimento da assembleia geral de sábado, durante a qual o presidente do Sporting proferiu tais afirmações, vários jornalistas foram insultados e alvo de tentativas de agressão, num incidente que motivou mesmo a intervenção da PSP.

Já ontem, adeptos do Vitória de Guimarães e do Sporting de Braga envolveram-se em confrontos, antes do clássico do Minho, e a polícia teve mesmo de disparar para o ar.

Os confrontos provocaram oito feridos e levaram à detenção de 53 pessoas.

Uma escalada de violência que levou à curta declaração do Presidente da República, no intuito de acalmar os ânimos.

Esse trabalho por um ambiente de diálogo “aplica-se à política, à economia, à sociedade, aplica-se a todos os domínios e portanto aplica-se ao desporto”, concluiu Marcelo Rebelo de Sousa.

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