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Reaberto o caso do menino de 4 anos assassinado por duas crianças com 5 e 7 anos

Um processo de homicídio foi reaberto 19 anos após a condenação de dois irmãos menores, as primeiras crianças a serem acusadas de assassínio na Suécia. A vítima tinha 4 anos e foi estrangulada. Os media revelaram várias falhas na investigação e um procurador assegura ter novas provas.

Robin Dalén, de 24 anos ,e Christian Karlsson, de 26, teriam apenas 5 e 7 anos quando foram considerados culpados da morte de Kevin Hjalmarsson, de 4 anos. Passados quase 20 anos, alegam serem vítimas de “falsas acusações”.

“Já nem sei mais no que acreditar”, diz Patrick Skog, o pai da criança assassinada, num desabafo ao Aftonbladet.

O assassínio de Kevin Hjalmarsson, em 1998, emocionou a Suécia por ser a primeira vez que havia crianças a serem acusadas de homicídio. Robin e Christian foram primeiramente interrogados como testemunhas, depois de descoberto o cadáver do menino de 4 anos, junto a um lago em Arvika.

O assassínio, por estrangulamento, ocorreu a 16 de agosto e o interrogatório às crianças de 5 e 7 anos foi realizado em outubro de 1998. No mês seguinte, a polícia anunciava que as crianças tinham confessado ter-se tratado de “uma brincadeira que correu muito mal”.

Os dois irmãos não cumpriram pena de prisão por serem crianças, mas estiveram vários anos internadas em centros juvenis.

Mas… e se Robin e Christian estiverem inocentes?

Uma investigação conjunta do jornal Dagens Nyheter e da estação STV dá origem a um documentário, visto por milhares, que aponta vários erros na investigação, há 19 anos.

Os dois irmãos foram interrogados sem a presença de advogado e a suposta confissão terá ocorrido após 30 interrogatórios, muitos dos quais sem a presença dos pais.

Por outro lado, Robin e Christian estariam em casa no momento do crime, pois a família tinha recebido visitas.

Os dados revelados pelo documentário levaram um procurador sueco a reabrir o caso, passados 19 anos, enquanto os dois irmãos exigem ser ilibados e um pedido de desculpa das autoridades.

“Tenho tentado assimilar todas estas novidades, mas não consigo, só levanta ainda mais dúvidas”, lamenta o pai de Kevin: “Se a polícia tivesse feito o seu trabalho em 1998 eu não estaria outra vez a sofrer com isto”.

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