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Raríssimas “é um caso individual de deslumbramento social”, diz Miguel Sousa Tavares

Miguel Sousa Tavares analisou o caso Raríssimas e a audição parlamentar desta segunda-feira do ministro Vieira da Silva, considerando que o assunto “é um caso individual de deslumbramento social”. “Eu era capaz de escrever um romance à conta daquilo”, afirmou, aludindo à polémica em torno de Paula Brito e Costa.

No seu espaço habitual de comentário, no Jornal da Noite, na SIC, Miguel Sousa Tavares analisou o caso Raríssimas, nomeadamente a audição parlamentar desta segunda-feira do ministro Vieira da Silva.

No parecer do comentador, Vieira da Silva “sai na mesma” desta audição parlamentar.

“As fragilidades dele em todo este processo não foram acrescentadas nem diminuídas, e a força dele política também não sai diminuída porque ele é politicamente dos ministros mais fortes”.

Sousa Tavares abordou também a questão das IPSS reforçando que “num mundo ideal não seria necessário haver instituições particulares de solidariedade social”, mas, “como não vivemos num mundo ideal”, “o Estado tinha mais responsabilidades para levar a cabo esta tarefa do que delegar praticamente tudo nas instituições particulares”.

Sobre todo o caso Raríssimas, o comentador diz que se trata de “uma novela típica portuguesa”, mostrando-se “capaz de escrever um romance à conta daquilo”.

“Aqui, como em muitos outros setores que o Estado devia fiscalizar, não fiscaliza nada”, sublinha.

O comentador refere ainda que, “se há dinheiros públicos envolvidos não é preciso esperar que haja gestão danosa, basta que haja uma gestão negligente dos dinheiros públicos”.

“Havendo dinheiro do Estado envolvido, aqui como em outra área, tem que haver um controlo de como esse dinheiro é gasto sem que isso implique tirar autonomia própria das instituições”, destacou.

Sem temer pela Raríssimas, o comentador classifica o trabalho realizado na instituição como “meritório”, dizendo tratar-se de um caso “individual de deslumbramento social”.

“Houve um desvio político sociológico, houve um deslumbramento da senhora (…) houve um encostar-se ao poder do momento”, finalizou.

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