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Raríssimas: “O mais difícil é recuperar a confiança”, assume a presidente

A presidente da Raríssimas não tem dúvidas: nestes dois meses em funções, “o mais difícil” tem sido “recuperar a confiança” na instituição, “abalada” desde o escândalo com Paula Brito e Costa.

Numa entrevista ao Diário de Notícias, Margarida Laygue não esconde que todo o mediatismo sobre a eventual gestão danosa da anterior direção tem como principais vítimas não os anteriores dirigentes, mas os 150 utentes da Casa dos Marcos, na Moita, e todos as outras pessoas que são apoiadas pela Associação Nacional de Deficiências Mentais e Raras (Raríssimas).

“O mais difícil é o trabalho para recuperar a confiança e que ficou abalada com a investigação à anterior direção e tudo o que apareceu na comunicação social”, confirmou Margarida Laygue.

Em funções desde janeiro, a presidente da instituição não é remunerada. Ninguém na direção o é, garantiu, à exceção de um funcionário que é também dirigente (e que tem o salário de funcionário).

Foi uma das medidas adotadas para recuperar a credibilidade na Raríssimas, que tem procurado demonstrar “total transparência nos donativos”, para que os mecenas saibam a qualquer instante como os mesmos estão a ser usados.

“O Estado tem sido exemplar”, destacou, mas há “uma percentagem grande” de atividades que dependem dos apoios privados. E são esses que estão a falhar, acrescentou, em declarações à TVI24.

O escândalo que levou à queda de Paula Brito e Costa, no final de 2017, provocou uma queda dramática nos donativos, tornando quase impossível à instituição manter os apoios que presta.

“Essa foi a nossa prioridade, garantir que os nossos utentes tenham o mesmo acompanhamento e serviços”, insistiu Margarida Laygue.

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