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Rajoy falta a início de debate de moção de censura que o deverá derrubar hoje

O ainda chefe do Governo espanhol, Mariano Rajoy, faltou hoje de manhã ao início do debate sobre a moção de censura contra o seu Governo que deverá hoje ser aprovada pela maioria absoluta de deputados do parlamento espanhol.

O líder do PSOE, Pedro Sánchez, que apresentou a moção de censura apesar de apenas ter 84 dos 350 membros da assembleia deverá ser eleito como novo chefe de Governo, tomando posse nos próximos dias.

Os discursos que estão a ser feitos no início desta sessão confirmam que todos já dão como único cenário que o PP (Partido Popular, direita) vai ser afastado.

O candidato a primeiro-ministro, Pedro Sánchez, agradeceu o apoio dos deputados à sua investidura e disse que a assembleia vai escrever hoje “uma nova página na democracia do país”.

A líder da bancada socialista, Margarita Robles, assegurou, por seu lado, que o PSOE irá colocar o interesse dos espanhóis à frente dos do seu partido.

O voto anunciado na quinta-feira dos cinco deputados do Partido Nacionalista Basco (PNV) deverá, assim, dar ao secretário-geral do PSOE a maioria absoluta de mais de 176 lugares necessários para afastar Mariano Rajoy e automaticamente ocupar o seu lugar à frente do executivo espanhol.

Os socialistas espanhóis deverão conseguir reunir o voto de 180 deputados, que incluem o Unidos Podemos (extrema-esquerda) e os nacionalistas bascos e os independentistas catalães.

A provável queda do executivo de Mariano Rajoy, que esteve seis anos à frente dos destinos de Espanha, é provocada depois de vários ex-membros do PP terem sido condenados na semana passada a penas de prisão por terem participado num esquema de corrupção que também beneficiou esse partido.

O Cidadãos (direita liberal) retirou o apoio que até agora dava ao PP, mas recusa votar a moção de censura ao lado do PSOE, insistindo na antecipação das eleições.

Rajoy recusou até agora apresentar a sua demissão antes da votação da moção de censura, a única forma de se manter no poder o tempo necessário para organizar eleições antecipadas e impedir a chegada ao poder dos socialistas.

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