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Quénia disponível para cooperar com Moçambique no combate ao terrorismo

O Governo queniano manifestou hoje disponibilidade para cooperar com Moçambique no combate ao terrorismo, considerando que a luta deve ser assumida por todos os países porque estes grupos não respeitam fronteiras.

“Nós temos uma larga experiência no combate contra estes grupos e estamos prontos para partilhar e discutir experiências com Moçambique”, disse a ministra dos negócios Estrangeiros e Comércio Internacional do Quénia, Monica Kathina Juma.

Aquela responsável falava durante uma conferência de imprensa momentos após um encontro entre o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, e o seu homólogo do Quénia, Uhuro Kenyata, no âmbito de uma visita que o chefe de Estado queniano realiza desde hoje a Moçambique.

Para a ministra dos Negócios Estrangeiros e Comércio Internacional queniana, a paz e a estabilidade são condições básicas para o desenvolvimento das nações africanas e todas as ameaças a estes valores devem ser combatidas.

“Devo dizer que tem havido muita cooperação entre os serviços de inteligência ao longo do oceano Índico porque estes grupos não respeitam fronteiras”, afirmou Monica Kathina Juma.

“Grupos terroristas constituem uma ameaça para todos os países do mundo, portanto, as ações contra este tipo de grupos devem ser estendidas para todos os países com os quais cooperamos”, frisou Monica Kathina Juma.

Em outubro, um grupo de aparente inspiração islâmica atacou postos de polícia e situou durante dois dias a vila de Mocímboa da Praia, norte de Moçambique, tendo, durante os conflitos, morrido dois agentes da polícia e outros quatro elementos das forças de segurança, além de um número incerto de atacantes, que as autoridades colocam acima de uma dezena.

Desde então sucederam-se conflitos esporádicos em povoações no mato, nos arredores.

O último caso deu-se a 14 de março na aldeia de Chitolo, onde uma pessoa morreu e várias casas foram queimadas durante um ataque de um grupo de homens armados de origem desconhecida.

A polícia moçambicana disse ser ainda prematuro associar novas ocorrências naquela região ao mesmo grupo que sitiou a vila durante dois dias e garantiu que as investigações continuam.

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