Ciência

Quase 70 por cento dos portugueses são desdentados

Um estudo da Ordem dos Médicos Dentistas revela que cerca de 70 por cento da população portuguesa tem falta de dentes naturais. A análise, a que a Lusa teve acesso, revela que “as pessoas com recursos têm muito mais dentes e as pessoas com menos recursos são muito mais desdentadas”.

“Não queremos ter metade do país desdentado”, adianta o bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas em declarações à agência Lusa.

Orlando Monteiro da Silva revela mesmo um cenário agravado pelas condições sócio-económicas.

“As pessoas com recursos têm muito mais dentes e as pessoas com menos recursos são muito mais desdentadas”.

E vai mais longe o bastonário dos médicos dentistas.

“Temos dois pesos e duas medidas. É uma saúde oral totalmente a duas velocidades. Um país que tem acesso a cuidados tem muito menos dentes perdidos e melhores hábitos de higiene. E o país que não tem acesso tem mais dentes perdidos e piores hábitos. Esta dicotomia, esta diferença, todos temos a responsabilidade de combater”, adiantou.

Este barómetro da saúde oral em Portugal de 2017, tornado público esta segunda-feira, que resulta de 1102 entrevistas presenciais em todas as regiões de Portugal continental e regiões autónomas dos Açores e da Madeira.

Neste estudo estatístico, a Ordem dos Médicos Dentistas percebeu que “mais de metade dos portugueses (57,6 por cento)” tem “falta de dentes naturais” e “não tem nada a substituir os dentes em falta” – prótese, dentadura ou implante.

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