Nas Notícias

De quanto em quanto tempo deve mudar a roupa da cama?

Sabe que a pele humana é substituída também enquanto está a dormir, não sabe? Mas as células mortas que ficam nos lençóis não são o único problema. Há ainda os ácaros, bem como questões como o clima e a idade. Tudo determina quantas vezes devemos mudar a roupa da cama.

Com certeza tem o hábito de mudar a roupa da cama de forma periódica sem que tenha noção de que fatores contribuem para uma boa prática.

A higiene está acima de todos, quando definimos esses hábitos. Mas a roupa da cama deve ser mudada por outras questões, tão pequenas que nem sequer são visíveis.

São micro-organismos, entre os quais os ácaros, mas também as células mortas que ficam na cama em resultado do processo de mudança de pele.

Sabia que a nossa pele morta é um excelente alimento para esses micro-organismos?

O lençol até pode parecer limpo, mas esconde, na verdade, inúmeros micróbios que podem ser prejudiciais para a nossa saúde, sobretudo para quem sofre de alergias.

Sendo certo que os colchões e as almofadas são excelentes reservatórios de ácaros, a capa dos colchões e almofadas são precisamente os lençóis da cama. Por isso, quando definir hábitos, tenha em consideração o seguinte.

“O que mais vamos encontrar na nossa roupa de cama são os ácaros, que acumularão no colchão e almofadas, feitos de fibras naturais ou sintéticas”, salienta a infecciologista Ralcyon Teixeira.

Assim, tendo em consideração os ácaros, deve mudar a roupa da cama uma vez por semana, no mínimo.

“Quanto menos ácaros, menores serão os problemas com rinite alérgica, asma e alergias de pele. Um ambiente sempre arejado também é o recomendado”, adianta.

Já no que diz respeito a edredons e cobertores, o ideal será uma mudança no início de cada estação. Durante o uso, deve ter-se o cuidado de “arejar pelo menos uma vez por semana”, explica a microbiologista Maria Teresa Destro.

A limpeza das roupas da cama devem ser feitas com um detergente comum, sendo que a secagem deve ser feita ao sol. Porquê? Os raios ultravioleta matam os ácaros.

Já no que diz respeito de crianças com menos de 3 anos de idade (cujo sistema imunitário não é tão forte) recomenda-se outro hábito: passar os lençóis a ferro.

Segundo salienta Maria Teresa, professora associada da Universidade de São Paulo, “uma vez por semana ou de 15 em 15 dias é recomendável aspirar o colchão e a almofada”.

A questão da temperatura e da estação do ano também obriga a alguns cuidados.

“Se a temperatura é mais alta, suamos mais e o ideal é trocar em cada dois ou três dias. Em climas mais secos e frios, troca-se com menos frequência. O calor, o suor e a pele morta são ambientes ideais para a proliferação de micro-organismos”, assinala Gustavo Johanson, infecciologista da Universidade Federal de São Paulo.

Outros micro-organismos que podem aparecer são os fungos, potencialmente perigosos. E ainda pequenos insetos que podem chegar à cama: pulgas e percevejos.

“Os percevejos são mais comuns no hemisfério norte e chegam até a ser encontrados em camas de hotéis de quatro, cinco estrelas. A única forma de eliminá-los é desfazer-se do colchão. Já a pulga pode ser eliminada com uma limpeza do colchão e da roupa de cama”, aconsleha Johanson.

Em casos de doenças de pele e feridas, os especialistas aconselham a uma lavagem diária das roupas da cama – com temperatura acima dos 60 graus e secagem à máquina, passando a ferro à mesma temperatura.

A microbiologista Maria Teresa também recomenda o uso de um protetor entre a cama e o lençol, para crianças e idosos que possam ter problemas para conter a urina à noite.

Porém, pense sempre no fator mais lógico, na questão da mudança de roupa: o bom-senso. É esta a regra que impera, nas boas decisões.

Em destaque

Subir