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Putin e Macron encontram-se hoje em São Petersburgo em busca de novos entendimentos

O Presidente russo Vladimir Putin recebe hoje o homólogo francês Emmanuel Macron num clima de tensão motivado pela saída dos EUA do acordo nuclear iraniano e o impasse na resolução dos conflitos na Síria e no leste da Ucrânia.

O Palácio Constantino, nos arredores de São Petersburgo, será o palco do encontro entre Putin e Macron no primeiro dia da visita à capital imperial russa do líder francês.

Na sexta-feira, Macron vai participar na sessão plenária do Fórum Económico Internacional na qualidade de convidado de honra, ao lado do anfitrião russo e do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe.

“Aguarda-se que as partes mantenham discussões ao mais alto nível sobre o desenvolvimento da cooperação bilateral russo-francesa, para além de assuntos decisivos da agenda regional e internacional”, revelou o serviço de imprensa do Kremlin.

No cenário internacional, vão ocupar um lugar central “o acordo nuclear iraniano, o processo de resolução do conflito sírio e a Ucrânia”, acrescentou o comunicado.

A Rússia e a França defendem a preservação do acordo alcançado em 2015 entre o Irão e os 5+1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU – Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido, e ainda a Alemanha), para manter sob controlo o programa nuclear de Teerão.

A visita de Macron à Rússia tem algumas semelhanças com a recente deslocação da chanceler alemã Angela Merkel.

Paris e Berlim confrontam-se com Moscovo em assuntos como a Síria – onde Putin se mantém o principal aliado do regime de Bashar al-Assad, a crise ucraniana e a anexação da Crimeia, para além das suspeitas de ingerência russa em diversos processos eleitorais e crises internas no estrangeiro.

Em simultâneo, a França e a Alemanha são os principais parceiros europeus da Rússia, onde possuem importantes investimentos apesar das sanções ocidentais.

Nesse sentido, o Presidente francês – que se reuniu pela primeira vez com Putin há um ano, em Versalhes – vai participar no Fórum Económico de São Petersburgo acompanhado por uma vasta delegação de empresários com interesses na Rússia e onde se incluem a Total, Engie, Danone e Société Génerale.

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