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PSD chama presidente do INEM ao parlamento para explicar “atraso no atendimento”

O PSD anunciou hoje que quer ouvir com urgência o presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) no parlamento, para dar explicações sobre a “situação de atraso no atendimento” aos cidadãos e os meios daquele organismo.

Em declarações aos jornalistas, na Assembleia da República, o deputado social-democrata Adão Silva adiantou que o PSD quer também que o presidente do INEM, Luís Meira, dê a “conhecer as conclusões do tal estudo que foi mandado fazer pelo senhor ministro da Saúde”, há mais de um ano, sobre os meios do instituto a que preside.

O PSD requereu esta audição na Comissão de Saúde na sequência da notícia avançada hoje pelo jornal Público segundo a qual, “no ano passado, o INEM demorou 36 segundos, em média, a atender chamadas de socorro, o dobro do tempo de resposta de 2016”. De acordo com o Público, o “défice de recursos humanos é a explicação avançada” pelo instituto.

“Por um segundo se ganha e por um segundo se perde uma vida, e o INEM tem a obrigação de salvaguardar a vida das pessoas”, afirmou Adão Silva, salientando que o próprio presidente do INEM “vem dizer que há um problema na falta de pessoal, que cerca de 350 trabalhadores faltarão no INEM”.

Neste contexto, o deputado do PSD considerou “muito infeliz” que o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, tenha afirmado “somos todos Centeno”, na semana passada, no parlamento.

“Aparentemente, é pelo facto de o ministro das Finanças não autorizar o recrutamento dos funcionários necessários para o INEM que nós estamos numa situação de atraso no atendimento das pessoas”, sustentou, exigindo que “rapidamente o Governo ponha os meios necessários — o senhor ministro da Saúde, e, se necessário, que recorra ao senhor ministro das Finanças — para que o INEM cumpra com eficácia a sua função”.

O PSD quer esclarecer, “afinal, que recursos humanos e que recursos técnicos é que são necessários para que funcione bem o INEM” e se “é isto, apenas, a razão deste aumento para o dobro do tempo de médio de espera quando um cidadão telefona para o INEM em busca de socorro”.

Por outro lado, Adão Silva mencionou que, “em janeiro de 2017, o ministro da Saúde anunciou que mandou fazer um estudo para ver quais eram os meios necessários para que o INEM funcionasse bem” e que ainda não foram divulgadas as conclusões desse estudo.

Alegando que “o senhor presidente do INEM seguramente conhece” essas conclusões, o deputado social-democrata disse que o PSD espera que Luís Meira as dê a conhecer ao parlamento.

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