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Projecto LIFE MED-WOLF quer aproximar os humanos de Guarda e Castelo Branco e o lobo

O projeto, que vai decorrer durante quatro anos e meio, começou a ser preparado no terreno desde setembro do ano passado. As áreas de intervenção em Portugal localizam-se nos distritos da Guarda e de Castelo Branco, incluindo um núcleo populacional do último grande carnívoro nacional, a sul do rio Douro, na zona de fronteira com Espanha, onde a presença deste predador está mais ameaçada.

A organização pretende avaliar continuamente a situação do lobo na região e os conflitos que a presença origina junto dos humanos. Vai ainda apostar na formação dos técnicos envolvidos na conservação desta espécie, de forma a melhorarem a avaliação dos prejuízos causados por este predador no gado, estabelecendo relações de confiança com os criadores de ovinos, caprinos e outros.

O último grande carnívoro português

A prevenção dos prejuízos, através de vedações eléctricas, de bons cães de protecção e do maneio correcto do gado, para reduzir o risco de ataques do lobo, são também acções prioritárias a realizar durante este projecto. Vão ser criados grupos de trabalho sobre o estudo do lobo e sobre métodos de prevenção dos prejuízos, potenciando a troca de experiências com projectos similares e com especialistas nacionais e estrangeiros. Com o objectivo de sensibilizar as comunidades locais, em particular os criadores de gado, serão realizadas campanhas de sensibilização e outras iniciativas para melhorar o conhecimento e compreensão sobre este carnívoro.

A coexistência entre o Homem e o lobo na região raiana pode ser mais harmoniosa e proveitosa, defende o Grupo Lobo. Nesse sentido, o projeto vai apoiar os interessados locais na resolução dos conflitos com um predador que tem um importante lugar na história de Portugal, assim como na cultura nacional e na preservação de um equilíbrio ecológico, fundamental para muitas atividades económicas.

Das escolas às autoridades locais, passando por todos os interessados num convívio mais pacífico com a fauna silvestre com que partilhamos o território, todos podem e devem participar, enriquecendo este projecto com sugestões, ideias ou críticas, apela a organização, para o qual disponibiliza o email [email protected].

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