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Supernanny “tem elevado risco de desrespeitar direitos das crianças”

A Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens (CNPDPCJ) emitiu um comunicado, nesta segunda-feira, onde defende que o programa ‘Supernanny’, emitido pela SIC neste domingo à noite, “tem elevado risco do programa violar direitos das crianças”, desrespeitando o direito à imagem e reserva da vida privada.

A SIC estreou, neste domingo, um programa que se confunde com um reality-show, expondo crianças (e os problemas que apresentam), para uma intervenção de uma ‘Supernanny’, uma mulher que promete resolver os problemas.

O programa é polémico. E as redes sociais serviram de plataforma para alguns telespectadores manifestarem a sua indignação.

Poucas horas depois, surge um comunicado da CNPDPCJ, que aponta diversos perigos do programa.

“A Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens, confrontada com o programa ‘Supernanny’, transmitido na SIC ontem, dia 14 de janeiro, vem informar que, numa primeira análise efetuada ao conteúdo do programa, considera existir elevado risco do programa violar os direitos das crianças”, pode ler-se, numa nota divulgada na manhã de hoje.

A CNPDPCJ aponta desrespeito pelo “direito à sua imagem, à reserva da sua vida privada e à sua intimidade”.

‘Supernanny’ estreou ontem, é emitido em horário nobre e consiste na apresentação dos problemas comportamentais de crianças, para uma intervenção de uma especialista, a chamada ‘Supernanny’.

“Trata-se de um conteúdo manifestamente contrário ao superior interesse da criança, podendo produzir efeitos nefastos na sua personalidade, imediatos e a prazo”.

“No âmbito das suas atribuições, tendo em conta os conteúdos pré-anunciados do programa e queixas remetidas a esta Comissão, a CNPDPCJ manifestou junto da estação de televisão SIC a sua preocupação face a este tipo de formato e conteúdos solicitando uma intervenção com vista à salvaguarda do superior interesse da criança”, revela a mesma nota.

Também a Entidade Reguladora da Comunicação Social e a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens vão analisar o conteúdo de ‘Supernanny’, a pedido da daquela comissão.

Encaminhou para a (CPCJ) com competência territorial a situação concreta para avaliação e acompanhamento do caso.

A CNPDPCJ “apela aos meios de comunicação social que assumam um papel responsável, protetor e defensor dos Direitos da Criança”.

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