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Profissionais de saúde recebem mais de metade dos patrocínios das farmacêuticas

Em três anos, as farmacêuticas deram 112 milhões de euros, em patrocínios, aos profissionais de saúde. É sempre mais de metade dos apoios.

Os números constam na plataforma de transparência do Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde e são hoje citados pela TSF.

No ano passado, a indústria farmacêutica investiu um recorde de 80,9 milhões de euros em patrocínios na área da saúde.

Mais de metade da verba, 42 milhões, foi para profissionais de saúde, como médicos, enfermeiros, dentistas e farmacêuticos.

Esta predominância tem-se registado nos últimos anos, só mudando o valor: foram 38,5 milhões em 2016 e 31,3 milhões em 2015.

Contabilizando os números registados no portal, os profissionais de saúde receberam 112 milhões dos 220 milhões de patrocínios feitos pelas farmacêuticas nos últimos três anos.

Seguem-se as sociedades médicas ou associações de investigação, que no ano passado receberam 17 milhões, e as associações de doentes ou profissionais, com os quais a indústria gastou 7,5 milhões de euros.

Miguel Guimarães, bastonário da Ordem dos Médicos, considerou, em declarações à TSF, que estes patrocínios não comprometem a independência das decisões clínicas.

Os montantes “elevados” servem, no entanto, como um alerta sobre a ineficácia do Ministério da Saúde, que “não aposta nada” na formação e investigação, áreas que o bastonário lamentou estarem entregues à indústria farmacêutica.

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