Ciência

Primeira foto de um buraco negro prestes a ser revelada

Astrofísicos acreditam ter registado, pela primeira vez, a fotografia de um buraco negro. Durante vários dias, oito potentes telescópios acompanharam o Sagitário A, um buraco negro com uma massa cerca de quatro milhões de vezes superior à do Sol.

A expetativa é do tamanho da paciência: a primeira fotografia de um buraco negro necessita de vários meses para ser composta. Cada observatório espacial – e estiveram oito envolvidos – recolheu cerca de 500 terabytes de dados, que agora têm de ser estruturados e combinados.

“As imagens surgirão à medida que combinarmos todos os dados, mas vamos ter que esperar vários meses para chegar ao resultado”, avisa Michael Bremer, gestor de projeto do Telescópio Event Horizon.

Não há como negar a ansiedade. Só agora é que a evolução tecnológica tornou possível ‘espreitar’ um dos fenómenos que mais intriga os cientistas e que pode revelar pistas sobre as origens e desenvolvimento do universo.

“Em vez de construir um telescópio tão grande que provavelmente se desmoronaria sob o próprio peso, combinámos oito observatórios como partes de um só espelho gigante. Assim, conseguimos criar um telescópio virtual tão grande quanto a Terra, com cerca de 10.000 quilómetros de diâmetro”, explica Bremer, revelando que o detalhe é tal que seria possível encontrar uma bola de golfe na Lua.

Entre 5 e 14 de abril, os oitos potentes telescópios estiveram apontados ao Sagitário A, um buraco negro supermaciço que ‘habita’ o centro da Via Láctea, na constelação de Sagitário, a cerca de 26.000 anos-luz da Terra.

 

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