Economia

Poupanças no banco não acompanham a subida do custo de vida, avisa a DECO

Hoje é o Dia Mundial da Poupança, algo que Portugal desconhece. Por iliteracia financeira, os portugueses preferem os depósitos bancários, onde a poupança se transforma na… desvalorização do dinheiro. Isto porque os depósitos “não acompanham a subida do custo de vida”, salientou António Ribeiro.

O economista da DECO Proteste participou hoje num programa da TSF para aconselhar os clientes do banco “a desconfiar sempre do gestor de conta”, pois é “um funcionário da instituição bancária” e não do cliente.

Mas o pior é que “a valorização das poupanças” depositadas no banco “não acompanha a subida do custo de vida”, como António Ribeiro explicou.

“Portugal é um país que sofre de iliteracia financeira. A maior parte das pessoas não conhece os produtos disponíveis, aplica o dinheiro em depósitos e hoje em dia os depósitos rendem praticamente nada. Um depósito a um ano rende 0,2 por cento líquidos e, se tivermos em conta a inflação prevista de 1,4 por cento, significa que as pessoas vão estar a perder poder de compra”, reforçou o economista da DECO.

Há alternativas aos depósitos bancários? Sim, mas mantém-se o problema da iliteracia financeira: “As pessoas vão atrás de taxas apelativas e depois não percebem o risco que está por detrás desse produto. É preciso saber que alternativas existem se é ou não adequado ao perfil daquela pessoa e ao seu horizonte temporal. As pessoas subscrevem produtos que são profundamente desadequados ao seu perfil e projeto de poupança”.

Para piorar o cenário, o próprio Estado ‘desaconselha’ a poupança quando lança “ao mesmo nível da banca comercial”.

“O que está a acontecer é que o rendimento disponível das famílias aumentou, mas não se está a verificar um aumento da taxa de poupança”, acrescentou o economista da DECO, nas declarações à TSF: “Em menos de uma década, a taxa de poupança passou de 11 para 4,3 por cento. Estamos em mínimos históricos, significa que as pessoas estão a canalizar o rendimento que têm disponível para o consumo”.

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