Nas Notícias

Portugueses que preferem independência de Espanha são “gente estúpida”

Uma crónica irónica de Miguel Esteves Cardoso no jornal Público viaja desde a atualidade da Catalunha até chegar à data em que Portugal se tornou independente de Espanha. Para o escritor, Portugal ficou “sozinho e miserável”, na “resignação à fatalidade da pequenez”. É certo que há portugueses orgulhosos da independência, mas é “gente obstinada, rancorosa e estúpida”, ironiza.

“Arrepia, Catalunha!” é o título de uma crónica sarcástica e carregada de ironia, assinada por Miguel Esteves Cardoso, que considera que Portugal, com a independência de Espanha, “perdeu a oportunidade de fazer parte de um grande país de dimensão europeia”.

Este “campo de ténis à beira-mar” nunca recuperou, “isolou-se e não foi reconhecido por nenhuma das grandes potências”.

Portugal ficou “sozinho e miserável, segundo escreve. Teve de sofrer “a indiferença das nações do mundo, onde continuamos a ser vistos como uma pobre província da Espanha”.

Miguel Esteves Cardoso finge não compreender, desse modo, por que razão há portugueses orgulhosos com a independência de Espanha.

“É verdade que, quase 400 anos depois, há portugueses que preferem ser independentes da Espanha. Mas é uma gente obstinada, rancorosa e estúpida, incapaz de reconhecer que a Espanha é mãe de muitas nações que, com a sabedoria carinhosa que é a maternal, trata os filhos com amor idêntico, multiplicado pela quantidade deles, seja essa qual for”.

A terminar, o escritor deixa um conselho, também ele irónico, à Catalunha: “Ó mana antiga, não te precipites”.

Em destaque

Subir