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Português morre de frio na estação de metro de Westminster

Um português com cerca de 40 anos morreu de frio, na estação de metro de Westminster, em Londres, onde encontrou um teto para se proteger. Esta notícia está a gerar grande comoção na comunidade britânica, depois de divulgada a história deste homem, que há poucos dias se inscrevera num centro de emprego.

Numa estação de metropolitano em Londres, mesmo ao lado do Parlamento britânico, morava um sem-abrigo português, que sucumbiu perante o frio, nesta quarta-feira, durante a noite.

Junto ao centro de decisão política, perdeu-se uma vida, numa irónica coincidência que nem todos observam como tal.

Esta vítima de um problema social conhecia pessoalmente alguns deputados, com os quais se cruzava nas ruas por onde vagueava.

Também na esfera política o caso teve repercussões.

“Aquele homem nunca deveria ter morrido naquelas circunstâncias. Não podemos, como país, continuar a passar ao lado deste problema”, afirmou Jeremy Corbyn, líder do Partido Trabalhista.

O caso gerou grande comoção entre os britânicos, sobretudo depois de ter sido divulgada a história daquele sem-abrigo, que costumava procurar ajuda numa instituição.

É precisamente essa instituição que reúne alguns detalhes da vida deste português, num tributo.

“Estas mortes não são apenas estatística”, revela Pam Orchard, diretor-executivo da ‘The Connnection’, citado pelo Jornal de Notícias.

Este português tinha por hábito pedir ajuda naquela instituição de solidariedade social. Estava a receber apoio na procura de emprego.

“Aquele homem trabalhou como modelo e hospedeiro. Candidatou-se, na semana passada, a uma vaga para empregado de mesa. Gostava de cantar e procurava aulas de ioga, apesar das circunstâncias complicadas da sua vida”, conta a associação.

O sem-abrigo “tinha família”. Tinha “capacidades e talento”, muito mais relevantes do que os problemas que o empurraram para a rua.

Esta morte transportou para a agenda política um problema social que se dissemina.

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