Porsche renasce das cinzas para conseguir um ‘hat-trick’ em Le Mans
Quando as probabilidades apontavam para uma vitória da Toyota eis que a marca japonesa falha mais uma tentativa de vencer as 24 Horas de Le Mans, e a Porsche quase que também vai pelo mesmo caminho no que à terceira vitória consecutiva em La Sarthe diz respeito,
Valeu à marca alemã o seu segundo 919 Hybrid, que apesar de se ter atrasado no começo da noite foi recuperando ao longo da madrugada para alcançar o comando a pouco mais de uma hora do final da corrida.
A qualificação e também o começo de corrida fortíssimo começo de prova dos Toyota nº 7 e 8 deixava antever que possivelmente este poderia ser o ano da marca japonesa. Puro engano. À 10ª hora de prova começaram os problemas dos TS050 Hybrid, e depois do atraso do segundo carro o primeiro ficava parado em Indianápolis, depois de Kamui Koboyashi – que tinha garantido a ‘pole position’ e o novo recorde de volta em La Sarthe – ter de imobolizar o Toyota nº 7.
Depois Nicolas Lapierre envolveu-se num acidente com um protótipo LMP2 que acabou com a corrida do Toyota nº 9, adicionado este ano na ‘esquadra’ da marca nipónica para tentar ganhar em Le Mans.
A partir desta altura o Porsche nº 1 ficava sozinho no comando da prova, com uma ‘legião’ de protótipos privados da classe LMP2, e parecia que seria um ‘passeio’ para a marca alemã. Mas não foi, pois a quatro horas do fim também o primeiro dos 919 Hybrid se imobilizava na pista, para desespero de André Lotterer, o piloto que o guiava na altura.
Iria o Oreca nº 38 da equipa do ator Jackie Chan ganhar a corrida de resistência mais prestigiosa do mundo? Não, mas a resposta só chegou a pouco mais de uma hora do fim, quando o Posche nº 2 conseguiu anular as das voltas que ainda o separavam do líder dos LMP2.
Timo Bernhard concretizava assim o ‘hat-trick’ para a marca alemã, a sua segunda vitória na prova, tal como Earl Bamber, enquanto Brendon Hartley realizava finalmente o senho de ganhar em Le Mans, fazendo com que todos os atuais pilotos da equipa LMP1 da Porsche já tenham ganho a corrida pelo menos uma vez.
Albuquerque em sexto
Os três pilotos portugueses não tiveram a sorte do seu lado, mas pelo menos todos terminaram a prova, sendo que naturalmente Filipe Albuquerque foi o melhor. Sem possibilidade de lutar com as mesmas ‘armas’, já que o Ligier da United Autosports é menos competitivo que os dominadores Oreca, o piloto de Coimbra e os seus companheiros de equipa – Will Owen e Hugo de Sadeleer – apostaram na consistência, e isso levou a que fossem sextos no final e quintos na categoria LMP2, ainda que a quatro voltas do Oreca que Ho-Pin Tung, Oliver Jarvis e Thomas Laurent levaram à vitória na classe e ao segundo lugar absoluto.
Pedro Lamy teve um tremendo azar durante a noite, quando um pneu do Aston Martin nº 98 rebentou destruindo parte da carroçaria e o atrasou a equipa que o piloto português fez mais uma vez com Paul Dalla Lana e Mathias Lauda. O oitavo lugar soube a pouco pois poderia ter sido uma vitória na categoria GTE Am.
Já Álvaro Parente ficou arredado da luta pelas posições cimeiras da mesma classe quando um dos seus companheiros, Richard Wee, teve uma incursão fora de pista. A partir daí o Ferrari 488 nº 60 da Cleawater ‘afundou-se’ na classificação e o 11º posto em GTE Am foi o resultado possível.
Classificação final
1º Bernhard/Bamber/Hartley (Porsche) 367 voltas
2º Tung/Laurent/Jarveis (Oreca) + 1 volta
3º Piquet Jrt/Henmeier Hanson/Beche (Oreca) + 3 voltas
4º Cheng/GommendyBrundle (Oreca) + 4 voltas
5º Panciatici/Ragues/Negrão (Alpine) + 5 voltas
6º Owen/De Sadeleer/Albuquerque (Ligier) + 5 voltas
7º Allen/Matelli/Bradley (Oreca) + 6 voltas
8º Graves/Hirschi/Vergne (Oreca) + 7 voltas
9º Buemi/Davidson/Nakajima (Toyota) + 9 voltas
10º Lacorte/Sergnagiotto/Belicchi (Dallara) + 14 voltas
