Fórmula 1

Perseguir um adversário é algo que Lewis Hamilton adora

Em Paris para receber o troféu de Campeão do Mundo de Fórmula 1 de 2017, Lewis Hamilton ‘abriu um pouco o livro’ no que se refere àquilo que o atrai na modalidade, confessando que sempre apreciou “estar à caça” atrás de um adversário. Daí que o duelo com Sebastian Vettel este ano lhe tenha proporcionado muita adrenalina.

Ainda assim Hamilton separa a época em duas partes; a primeira onde a Ferrari parecia levar Vettel a caminho do título, e a outra onde o britânico e a Mercedes dominaram os acontecimentos.

“Nunca estive inquieto. Na minha opinião seria adotar uma postura negativa e isso iria bloquear-me mentalmente. Preferi manter-me positivo”, salienta o Tetracampeão do Mundo, que remete a sua postura para aquela que tinha nos seus tempos do karting.

“Sempre me encontrei nesta posição, onde tinha de recuperar o meu atraso para os outros desde a minha primeira corrida de karting. Ganhei o hábito de me desenvencilhar dos meus adversários partindo mais atrás. Sempre apreciei estar à caça, recuperar o tempo concedido, com as mesmas sensações de stressa que se ultrapassam. Pensava: ‘De um momento para outro isto vai funcionar”, afirma Hamilton.

Antes de combater os ataques do seu companheiro de equipa Nico Rosberg entre 2014 e 2016, o britânico pensava de um desafio vindo do exterior à equipa: “Dá muito mais prazer bater-nos contra uma equipa adversária do que com um companheiro de equipa. A energia que circula dentro da equipa é mesmo diferente. Havia uma força virada num só objetivo”.

Este ano houve alturas em que Lewis Hamilton teve de respeitar a disciplina de equipa, como sucedeu em Hungaroring, quando cedeu o terceiro lugar a Valtteri Bottas: “Como equipa fizemos bem. Mentalmente não queria que a equipa desse vantagem a outro piloto na luta pela vitória. Para evitar esta posição desconfortável sabia que só havia uma solução, de modo a estar numa boa posição após a pausa estival; estar à frente em cada volta, para que esta posição não se repetisse”.

O britânico acabou por conseguir cinco vitórias em seis provas consecutivas. Um segredo para garantir o campeonato em 2017.

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