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“Pena de morte era pouco para Pedro Dias”, diz GNR sobrevivente

António Ferreira foi um único GNR que sobreviveu ao ataque de Pedro Dias, em Aguiar da Beira, e quebrou o silêncio para recordar a fatídica noite de 11 de outubro de 2016. Revoltado, o GNR diz que Pedro Dias “nem um bicho é” e salienta que durante o julgamento o arguido “gozou” com todos, lembrando que o ‘piloto’ chegou a levar “um terço” para Tribunal. O militar sobrevivente não tem dúvidas de que “a pena de morte era pouco” para o homem que está preso.

“Ele sabe o que fez e aparece com carinha de anjo e de que é o coitadinho no meio disto tudo”, começa por explicar o militar da GNR, em entrevista à TVI.

António Ferreira, que o Tribunal deu como provado que foi obrigado a colocar o colega morto na bagageira do carro, destaca que, por certo, Pedro Dias “não gostava que os filhos viessem a apanhar alguém, um dia, como ele [Pedro Dias] pela frente”.

“Faz o que faz e ainda leva um terço ao julgamento? Gozo autêntico. Não tem remorso, não tem sentimento. É uma pessoa seca, fria.”

Questionado sobre o que seria justiça, neste caso, António Ferreira não tem dúvida.

“Pena de morte era pouco para aquilo que ele fez, o calculismo que ele teve naquela noite, sem remorso nenhum a tal ponto que passado poucas horas vai às compras.”

António Ferreira não consegue compreender as razões para Pedro Dias “não contar a verdade”.

“Se ele é pai porque não conta a verdade?”, diz o militar que ainda recupera dos ferimentos.

Recordando o momento em que teve de enfrentar Pedro Dias em Tribunal, António Ferreira não esconde o que lhe apetecia fazer.

“Aquilo dá vontade de… valha-me Deus, enfim”, confessou.

O GNR explicou ainda o que sentiu quando levou o tiro.

“Quando levei o tiro senti o corpo a desmaiar e disse cá para mim ‘já fui”, recordou, dizendo que ficou “perplexo” quando viu o colega levar o tiro.

Pedro Dias foi condenado a pena máxima pelo Tribunal da Guarda, por causa dos crimes de Aguiar da Beira. Detido na prisão de alta segurança de Monsanto, Pedro Dias assistiu à leitura da sentença por videoconferência e viu a justiça provar os três crimes de homicídio de que estava acusado.

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