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Patrícia Gaspar sobre os incêndios: “Houve momentos em que achei que ia quebrar”

Patrícia Gaspar tornou-se conhecida dos portugueses por ser o rosto da Proteção Civil durante os incêndios de 2017. “Houve momentos em que achei que ia quebrar”, admitiu agora.

Em entrevista à TSF, a propósito do Dia da Mulher, a porta-voz da Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC) à data da tragédia de Pedrógão e dos outros grandes incêndios de 2017 recuou no tempo para revelar, pela primeira vez, como viveu os acontecimentos que marcaram Portugal.

“Vivemos dias muito complicados e tivemos a noção de que era preciso passar uma mensagem que permitisse informar, sem esconder nada do que estava a acontecer, mas sem pânicos”, explicou.

A ANPC tem o “dever de informar” a sociedade, assistindo aos os portugueses o direito “a saber o que se passa”.

Mas como é que se pode, ou melhor, como é que se consegue comunicar uma tragédia em que o número de vítimas (incluindo mortais) parece não parar de aumentar, como aconteceu em Pedrógão Grande ou nos incêndios de 15 de outubro?

“Houve dias em que achei que poderia não ser capaz. Houve momentos em que achei que ia quebrar”, confessou Patrícia Gaspar.

A antiga porta-voz é a agora a segunda comandante operacional da ANPC. Aumentaram as responsabilidades funcionais, mantém-se a vontade de “informar”.

“Eu não tinha formação específica na área da comunicação, mas gosto de comunicar. Sempre gostei. Terá sido a grande mais-valia”, reforçou.

Aproveitando a entrevista, a responsável lembrou que as populações têm de assumir “sempre um comportamento defensivo”, não podendo ficar à espera que as autoridades resolvam as tragédias.

“Sem retirar qualquer responsabilidade àquilo que são as missões e o papel que as autoridades governamentais têm de desempenhar, há um papel fundamental dos portugueses enquanto garante da sua segurança. Temos de avaliar o risco, de estar atentos ao que está à nossa volta”, lembrou Patrícia Gaspar.

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