Nas Redes

“Passaram atestado de incompetência aos bombeiros” é o novo texto viral sobre os incêndios

Há um novo texto sobre os incêndios a viralizar nas redes, semana e meia depois do “pior dia do ano”. A mensagem lamenta que se tente passar “um atestado de incompetência” aos bombeiros, “o exército mais barato do mundo”.

São carne para canhão numa guerra que é política, insinua o texto. Assinado por Óscar Rodrigues, está a viralizar pelas redes como… fogo na floresta portuguesa.

“Após 600 anos de história dos bombeiros voluntários que carregam Portugal às costas, infelizmente já estava à espera deste atestado de incompetência. O exército mais barato do mundo tem que levar as culpas, pois foi sempre, para a nossa sociedade, o elo mais fraco”, começa assim o texto.

“Se a própria sociedade não nos respeita, vão ser estes senhores a quem chamam governantes que vão respeitar?”

Triste porque só quem é bombeiro “sabe do que estou a falar”, o autor diz não entender como é possível não respeitar os bombeiros quando estes são “pau para toda a colher”.

“Continuamos a ver os nossos camaradas a morrer nos teatros de operações, mas faz-se três dias de luto nacional e a coisa fica resolvido… (…) O resto é conversa, até agora não vi uma palavra de apreço aos bombeiros da parte dessas senhores que se juntam na Assembleia para passar o tempo. O que não me surpreende, eles não sabem o que passamos, não sabem o quanto somos voluntários e profissionais naquilo que fazemos… porque não interessa saber”, continua a mensagem.

Esta carta aberta, agora a viralizar, fecha com o desejo de que a farda vermelha dos bombeiros nunca mais seja “raspada de negro” pelas cinzas dos incêndios.

“A sociedade não sabe que sabemos: combater incêndios florestais, combater incêndios urbanos e industriais, tripular uma ambulância, fazer salvamento e desencarceramento, salvamento em grande ângulo, mergulhar na água negra para recuperar cadáveres, para que os seus familiares possam fazer um funeral digno… e não consigo perceber como, no século XXI, ainda não somos respeitados… Mas, repito, não estou surpreendido. Fico feliz por haver um público que nos admira e idolatra, que são as crianças”.

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