Parlamento rejeita saída do Acordo Ortográfico
O Parlamento negou uma proposta do PCP para que Portugal se desvinculasse do Acordo Ortográfico de 1990. A ideia comunista foi rejeitada com os votos do PSD, PS, BE e CDS.
Apesar de dois deputados do CDS-PP (Filipe Lobo d’Avila e Ilda Araújo Novo) terem votado ao lado do PCP e do PEV, a proposta não avançou.
No entanto, os deputados, na sua generalidade, manifestaram o desejo de ver esta matéria aperfeiçoada.
Citada pela agência Lusa, Ana Mesquita, do PCP, revelou que o acordo poderá “transformar-se num atoleiro cujas consequências se desconhecem”.
Além disso, a deputada comunista explica que, como está, o Acordo Ortográfico mais não é quem uma “imposição legislativa desligada da realidade concreta e da comunidade”.
O PCP critica ainda aquilo que chama de “experimentalismo ortográfico”.
Anteriormente, o Governo português já tinha tomado uma posição.
Ainda em 2017, o ministro dos Negócios Estrangeiros português tinha afastado a possibilidade de saída do Acordo Ortográfico.
O Acordo Ortográfico está em vigor em Portugal, no Brasil, em Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, faltando ratificar em Angola e Moçambique.