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Paralisia das cordas vocais compromete desempenho profissional

Voz_900O Dia Mundial da Voz assinala-se a 16 de abril. Motivo para uma reflexão sobre aquela que é a principal ferramenta de trabalho de muitos portugueses. Nesse sentido, o correto funcionamento das cordas vocais é fundamental.

O otorrinolaringologista António Sousa Vieira alerta para um dos problemas frequentes das cordas vocais – a paralisia – destacando a importância da implementação de estratégias preventivas nos principais grupos de risco.

Os principais sintomas associados à paralisia das cordas vocais são alterações na voz, como rouquidão ou mudança de tom, mal-estar causado pela tentativa de movimentar as cordas paralisadas e dificuldades na respiração.

Nos casos em que ocorre a paralisia de uma só corda vocal, a respiração não fica comprometida, embora a voz se torne rouca e entrecortada.

“Todas as pessoas devem estar atentas aos sintomas das várias patologias associadas às cordas vocais, como é o caso da paralisia, embora exista um grupo específico de profissionais que utiliza a voz com maior frequência e para o qual devemos dar especial atenção, nomeadamente os profissionais da comunicação social, os professores ou advogados”, alerta António Sousa Vieira, coordenador da Unidade de Otorrinolaringologia do Hospital Lusíadas Porto.

António Sousa Vieira lembra que “as pessoas que têm maior risco de sofrer deste problema devem reconhecer facilmente os sintomas, de forma a consultar o especialista”.

“Um diagnóstico precoce” é fundamental, “pois só desta forma é possível tratar o problema e evitar que o mesmo interfira com a sua vida profissional”.

“Lembro ainda que a paralisia das cordas vocais é um problema grave, uma vez que pode afetar não só a voz mas também a respiração e a deglutição”, assinala.

Igualmente importante “é sensibilizar a população para este problema e incentivar a implementação de estratégias de prevenção das lesões das cordas vocais”.

“As pessoas devem evitar ingerir bebidas alcoólicas, gaseificadas e com cafeína, bebidas muito quentes ou frias, fumar, falar excessivamente durante quadros gripais ou alérgicos, praticar exercício físico e falar em simultâneo, cantar sem técnica e usar medicamentos, sem prescrição médica, que diminuam a qualidade da voz”, conclui.

A paralisia das cordas vocais é caracterizada por uma incapacidade no movimento dos músculos responsáveis pelo controlo das cordas vocais e pode ser causada por doenças cerebrais ou lesões nos nervos que chegam até à laringe.

Pode igualmente aparecer após uma cirurgia do pescoço, em especial da glândula tiroide, uma cirurgia do esófago ou cardíaca. Esta condição denomina-se paralisia unilateral ou bilateral da laringe, conforme afeta uma ou as duas cordas vocais, respetivamente.

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