Mundo

Dois alpinistas que morreram em 1999, nos Himalaias, ‘aparecem’ num bloco de gelo

Shishapangma

Em 1999, Alex Lowe e David Bridges morreram nos Himalaias, na sequência de uma avalanche. Mas os corpos dos dois alpinistas norte-americanos só foram encontrados agora, “parados no tempo”, como descreveu a viúva de Lowe. Um “alívio” para todos os que acompanharam o drama.

Em outubro de 1999, uma enorme avalanche apanhou o grupo de montanhistas que subia ao pico de Shishapangma (Tibete), a 14.ª montanha mais alta do mundo (8013 metros). Alex Lowe, um dos mais famosos montanhistas da época, e David Bridges, o operador de câmera que registava a aventura, ficaram presos à vista dos camaradas.

Esta condenação à morte nunca mais saiu da memória de Andrew McLean, o líder da expedição e a quem coube a agoniante ordem de regresso à base por ser impossível socorrer os dois norte-americanos: “A parte mais surreal é que dois dos nossos amigos estão presos no gelo e conseguimos vê-los, mas não conseguimos fazer nada acerca disso”.

Só na semana passada, 16 anos após o drama que chocou os montanhistas, é que os corpos de Alex Lowe e David Bridges foram encontrados, num bloco de gelo que emergiu de um glaciar.

Jennifer Lowe-Anker, a viúva de Alex Lowe (e que entretanto casou com Conrad Anker, um dos primeiros alpinistas a tentar encontrar Lowe e Bridges), estava no Nepal quando soube da descoberta dos dois corpos, que descreveu como “parados no tempo”.

Lowe-Anker acrescentou que agora “é para enterrar o Alex” e completar o luto, tal com afirmou o marido e amigo dos mortos: “É um alívio para mim, para a Jenni e para a nossa família”.

Em destaque

Subir