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PAN e Animal contra corrida do PSD que opõe burro a Ferrari

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Em 1993, António Costa promoveu uma corrida entre um burro e um Ferrari. O PSD quer recriar o evento, mas o PAN e a Animal estão contra.

Questionando a legalidade da iniciativa política, o partido Pessoas Animais Natureza (PAN) e a associação Animal criticam a fórmula como o PSD contesta a falta de mobilidade em Lisboa: recriando a corrida entre um burro e um Ferrari que o agora primeiro-ministro, à data candidato (do PS) à Câmara de Lisboa, promoveu para contestar a falta de mobilidade.

“Nas palavras do próprio organizador”, António Costa, “o evento saldou-se como uma das mais enriquecedoras experiências políticas” do agora primeiro-ministro, lembrou o PSD, ontem, ao apresentar a iniciativa.

A resposta foi imediata. O PAN condena “veementemente a utilização de animais” e exige que as discussões políticas sejam feitas nos fóruns próprios, deixando ainda uma sugestão: “Se o problema é a mobilidade, temos uma solução propor à organização do dito evento: vão antes de bicicleta”.

“Pensar a mobilidade é reflectir sobre a criação de infra-estruturas adequadas, a requalificação dos espaços públicos, a criação de espaços de lazer para todos, a idealização de modelos de transporte em que as energias limpas e renováveis sejam de facto o motor de desenvolvimento”, complementou o PAN.

A associação Animal, que questiona a legalidade da iniciativa, apela ao envio massivo de emails de contestação para ‘entupir’ a caixa de correio eletrónico do PSD.

“De acordo com o estabelecido na Lei n.º 92/95, de 12 de Setembro, no seu artigo 1.º, ponto 3, alínea a é proibido: Exigir a um animal, em casos que não sejam de emergência, esforços ou actuações que, em virtude da sua condição, ele seja obviamente incapaz de realizar ou que estejam obviamente para além das suas possibilidades”, adiantou a associação.

Uma corrida entre um animal e um veículo desportivo “não só não é algo razoável e que só serve para ridicularizar o animal em questão, mas também pode chegar ao nível da ilegalidade”, insistiu a dirigente Rita Silva.

A corrida está agendada para as 8h45 de amanhã.

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