Pai desenvolve aplicação que bloqueia o telefone do filho até que ele responda
ReplyASAP, em português ‘resposta imediata’, é uma aplicação que bloqueia completamente o smartphone até que o utilizador responda à mensagem enviada através da aplicação. Foi criado por um pai cansado de ser ignorado pelo filho.
Nick Herbert tem 45 anos, vive em Londres, e cansou-se de ser ignorado pelo próprio filho. A solução que arranjou foi criar uma aplicação que bloqueia completamente o telemóvel, além de enviar um som irritante, até que receba uma resposta.
“A princípio, o meu filho não gostou do que eu fiz”, conta Herbert à BBC Mundo, o serviço espanhol da BBC. “Mas depois entendeu a situação e até achou útil”, acrescentou.
Para que a aplicação funcione, é necessária que esteja instalada nos dois telefones – pai e filho. Permite o contacto via chamadas e mensagens, chegando a enviar uma notificação assim que a mensagem é lida.
A aplicação está disponível para Android – a versão iOS está em desenvolvimento – e custa cerca de 85 cêntimos.
No loja online, é descrita como uma aplicação “para a pessoa que se sente frustrada quando as suas mensagens de texto são ignoradas porque o telemóvel do outro fica em modo silencioso”.
Herbert nunca tinha tido uma experiência no desenvolvimento de uma aplicação, mas afirma ter percebido “que o alarme do telemóvel funciona mesmo se o telefone estiver em silêncio. Pensei em criar algo que aproveitasse essa função”.
O londrino confessa estar a aprender como melhorar o aplicação, tendo até pensado em alargar a utilização da mesma para outras situações que não a de pai e filho.
“A princípio, pensei apenas em pais e filhos, mas já me ocorreram outras aplicações, como famílias com pessoas mais velhas e também para empresas, especialmente para quem trabalha de forma remota”, explica.
A aplicação conta com 36 mil utilizadores e por enquanto apenas está disponível em inglês, mas serão adicionadas mais línguas brevemente.
“Eu e o meu filho usamos de forma prudente, apenas quando é realmente necessário”, concluiu.
