Economia

Orçamento comunitário superior a 1,11 por cento do rendimento é “muito difícil”

O comissário europeu Carlos Moedas considerou hoje ser “muito difícil” que o novo orçamento comunitário plurianual possa superar 1,11 por cento do rendimento nacional bruto da União Europeia (UE) a 27.

“Vai ser uma discussão muito difícil. Vamos ter de ser realistas e pensar que a discussão de chegar a 1,12 por cento ou 1,13 por cento [do rendimento bruto da UE] para alguns países parece óbvia, mas para outros está completamente fora de questão. Alguns países nunca vão aceitar uma grande subida deste valor”, disse Carlos Moedas, em resposta aos deputados, durante uma audição parlamentar na Comissão Eventual de Acompanhamento do Processo de Definição da “Estratégia Portugal 2030”.

De acordo com o comissário europeu, os países têm agora que “se unir nesta luta”, apesar das “expectativas serem moderadas”.

Porém, Carlos Moedas sublinhou que, em Portugal, “há um consenso [aos vários níveis] para a necessidade de um orçamento superior”, algo que classificou como “raro” dentro dos Estados europeus.

A Comissão Europeia propôs em 02 de maio um orçamento plurianual para a União Europeia para o período 2021-2027 de 1,279 biliões de euros, equivalente a 1,11 por cento do rendimento nacional bruto da UE a 27 (já sem o Reino Unido), que prevê cortes que podem atingir os 7 por cento na Política de Coesão e os 5 por cento na Política Agrícola Comum.

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